Continuará preso o principal suspeito de ordenar a execução de Marcelo Bezerra da Silva, 28 anos. A vítima foi morta a tiros, em março deste ano, supostamente por furtar uma boca de fumo. O crime ocorreu no cruzamento da rua dos Lírios com a Sibipirunas, no bairro Agapito, em Guarantã do Norte (250 quilômetros de Sinop).
O acusado de mandar matar Marcelo foi preso, junto com outros quatro suspeitos, ainda em março, na operação Recressus, da Polícia Civil. Ele teve a prisão temporária revogada, porém, ao participar de audiência, posteriormente, teve decretada a prisão preventiva e voltou para a cadeia.
Para a defesa, que ingressou com recurso no Tribunal de Justiça, “inexistem motivos concretos para a decretação da prisão preventiva do paciente, pois, não há nenhuma razão que indique que se solto, seja uma ameaça à ordem pública, a instrução criminal, e a aplicação da lei penal, ainda mais por se tratar de um réu que se apresentou espontaneamente perante a autoridade Judiciária”.
Os desembargadores da Segunda Câmara Criminal, no entanto, entenderam que o acusado, além de ser apontado como mandante do assassinato, seria gerente da facção Comando Vermelho em Guarantã. “Desta forma, denota-se que a segregação do paciente, encontra respaldo na garantia da ordem pública, caracterizado pela gravidade concreta do crime praticado, revelada não só pela pena abstratamente cominada ao tipo, mas também pelas características empregada ao delito, quando presente o desprezo pelo valor ao bem jurídico atingido”, disse o relator, Rui Ramos Ribeiro.
Conforme Só Notícias já informou, a Polícia Civil descobriu um plano para a execução de duas pessoas no município, identificadas como o “preto e o branco”. Com informações obtidas por meio de investigações, os policiais ficaram sabendo dos prováveis homicídios que ocorreriam nas proximidades de um bar, na avenida Dante Martins de Oliveira.
A Polícia Militar foi avisada e se deslocou até o estabelecimento. Durante o trajeto, porém, foi informada de um homicídio em outro local (rua dos Lírios). Os militares foram ao endereço indicado e encontraram Marcelo sendo atendido pelo Corpo de Bombeiros. Em seguida, o óbito foi constatado e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi acionada.
Segundo registrado no documento policial, o primeiro diálogo por telefone, no qual eram combinadas as mortes das duas pessoas, ocorreu antes do assassinato de Marcelo. Após o homicídio, em outra conversa, um dos suspeitos pede para o outro acusado enviar fotos para comprovar a execução.
Marcelo foi sepultado em Guarantã do Norte.