A primeira câmara criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou pedido para colocar em liberdade Bruno Saraiva Mota Souza, um dos acusados de envolvimento com a quadrilha que assaltou o Banco do Brasil, em fevereiro, em Nova Mutum, de onde foram roubados cerca de R$ 1 milhão, sendo que aproximadamente R$ 740 mil foram recuperados. Ele é apontando como um dos assaltantes que ficou no esconderijo e acampamento montando na mata, pelo bando, e trocou tiros com a polícia. De acordo com o entendimento do tribunal, éjustificada a manutenção de prisão preventiva de Bruno pois teria demonstrado extrema periculosidade no modo de agir. A decisão foi unânime.
No recurso, a defesa alegou que Bruno teria confessado a prática delitiva e com isso teria demonstrado que não tencionaria subtrair-se da ação penal ou prejudicar o seu regular andamento. Sustentou que possuiria residência fixa em Goiânia, onde mantém relações sociais e comerciais, pois seria administrador de empresa. Entretanto, para a relatora do recurso, juíza substituta de segundo grau Graciema Ribeiro de Caravellas, a própria narrativa dos fatos retratou a gravidade das imputações e a periculosidade dele e seus companheiros. Ela explicou que eles não demonstraram medir esforços ou temer as conseqüências para a realização da sua intenção de praticar o crime e que externaram, no forma de agir, absoluta insensibilidade à integridade moral e física dos habitantes da “pacata cidade de Nova Mutum”. A magistrada acrescentou que os as ações realizadas pela quadrilha da forma como foi planejada e executada revelaram uma “engenhosidade cinematográfica”, que ganhou inclusive notoriedade nacional, o que demonstrou flagrante rotura da ordem pública e da paz social local, que pedem imediato e firme restabelecimento.
A quadrilha, conforme Só Notícias já informou, invadiu o banco após dominar um soldado da PM, fez cinco reféns que foram usados como escudos humanos durante troca de tiros com a polícia, tombaram uma caminhonete na fuga, queimaram outra e aterrorizaram a cidade. Na troca de tiros, na mata, onde estavam escondidos, um acabou morto na troca de tiros e, outro, baleado.