Os desembargadores da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça não acataram os argumentos da defesa e negaram o pedido para anular a sentença de pronúncia, que mandou a júri popular mãe e filho acusados de matar Antônio Alves Silva, 33 anos. O crime ocorreu em janeiro de 2015, em uma residência, no Jardim Maripá. A vítima foi atingida por facadas e um tiro.
A mulher alegou que as provas reunidas “não indicam que ela tenha praticado o crime”. Já o filho dela também pediu para não ir a júri, alegando “que sua confissão na fase do inquérito policial não tem valor probatório, bem como que a prova produzida na fase administrativa não foi confirmada em juízo”.
Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), o crime teria sido motivado por um desentendimento. A mulher era casada com Antônio. “Restou apurado que, por motivo de ciúmes por parte da implicada, havia discussões entre o casal, inclusive, dias antes do crime, o denunciado presenciou um desentendimento entre sua mãe e a vítima, razão pela qual também acabou discutindo Antônio”.
Para o MPE, “movidos pela torpeza, ou seja, objetivando se vingarem da vítima, os denunciados planejaram dar cabo à vida de Antônio. No dia dos fatos, aproveitando que Antônio havia saído para se encontrar com alguns parentes e amigos, a acusada entrou em contato com seu filho, e passaram a colocar em prática o plano criminoso”.
Segundo a denúncia, o crime também teve participação de um adolescente. Os três teriam esperado Antônio, que chegar em casa e “sem que pudesse esboçar qualquer reação defensiva, foi surpreendido pelos acusados, que efetuaram diversos golpes de faca, além de um disparo de arma de fogo”.
Os três foram capturados por policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em 2017. Conforme Só Notícias informou, na época, a mulher de Antônio relatou aos policiais que o marido havia saído para cobrar uma dívida. Instantes depois, segundo ela, o homem apareceu ferido em casa, pedindo ajuda.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e encaminhou a vitima para o Hospital Regional. Antônio não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade médica.
O júri popular do caso ainda não foi marcado.
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