Uma decisão equivocada do Tribunal Regional Federal da 1ª Região levou a Justiça Federal de Mato Grosso a pedir a novamente a prisão de 14 denunciados por envolvimento com supostas fraudes em processos de desapropriação de terras conduzidos pela superintendência regional do Incra. A medida foi depois revogada.
Durante todo o dia de hoje, equipe da Polícia Federal percorreram cinco municípios do Estado e de Mato Grosso do Sul para cumprir os mandados. Até a conclusão desta reportagem, sete suspeitos haviam sido presos.
O alvo dos mandados era o mesmo grupo que, em 19 de dezembro do ano passado, havia sido alvo de operação da PF. Dele fazem parte sete servidores do órgão, além do então superintendente, João Bosco de Morais — exonerado naquele mesmo dia pela direção do Incra e preso novamente hoje.
Soltos com base em liminar concedida ainda em 2008 pelo desembargador Olindo Herculano de Menezes, do TRF-1, os suspeitos tiveram as prisões revalidadas ontem, com base em despacho da desembargadora Assusete Magalhães.
Relatora de um habeas corpus movido no dia da operação pela defesa de dois dos suspeitos –mas que, na distribuição interna, chegou ao seu gabinete apenas em fevereiro–, ela disse desconhecer a decisão anterior determinando a libertação do grupo. E, ainda na tarde de hoje, revogou os efeitos de seu despacho.