sexta-feira, 31/maio/2024
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Três oficiais responderão pela morte do aluno do Corpo de Bombeiros em Mato Grosso

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Corpo de Bombeiros responsabiliza três oficiais da instituição por colocarem em risco a vida do aluno Rodrigo Patrício Lima Claro, 21, que morreu em decorrência de hemorragia cerebral no dia 15 de novembro, após ser submetido a treinamento em água. A instrutora da turma de 37 alunos, Isadora Ledur de Souza Deschamps, foi enquadrada por maus-tratos, por ter submetido o aluno a diversos “caldos”, abusando de meio de correção ou disciplina.

Além dela, o comandante do 1º Batalhão, tenente-coronel Marcelo Augusto Reveles Carvalho e o diretor de ensino da corporação, tenente-coronel Licínio Ramalho Tavares, vão responder pelo não cumprimento de Projeto Pedagógico de Curso, em relação aos objetivos da disciplina de salvamento aquático. Também responderão por não exigirem o fiel cumprimento da ementa da disciplina. São acusados de negligência em relação à segurança dos alunos, pelo fato de na Lagoa Trevisan, onde ocorria o curso, não haver ambulância, entre outros equipamentos.

A decisão foi homologada pelo corregedor geral em substituição, Sandro dos Santos Caillava, com base em Inquérito Policial Militar com cerca de 400 páginas que ouviu, além dos 36 alunos, colegas de Rodrigo, médicos que atenderam o jovem, instrutores e demais oficiais que participaram do curso e do treinamento específico, ocorrido no dia 10 de novembro. Entre os depoimentos, relatos apontam problemas com equipamentos, incluindo o motor do único barco disponível, destinado ao resgate de alunos na travessia de ida e volta, de 500 metros. O motor de arranque quebrou e foi necessário o uso de remos.

Os relatos confirmam os “caldos” a que Rodrigo foi submetido durante a prova, por parte de Ledur. Mostram o seu mal estar, quando diz que vai desistir pois não aguentava mais, apresentando fortes dores de cabeça e vômito. Acabou abandonando a prova antes da conclusão da última fase e sem o apoio do comando, deixou o local sozinho, fazendo o percurso de mais de 20 quilômetros até o quartel, no bairro Verdão. Somente lá, ao relatar o mal estar, foi encaminhado à policlínica, onde iniciaram as convulsões. Submetido a cirurgia de emergência, morreu cinco dias depois.

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