
Durante quase duas horas todos puderam relatar os principais problemas enfrentados pelas famílias que aguardam assentamento em Mato Grosso. Eles falaram das dificuldades, das ações de despejo e da falta de condições dos acampamentos.
O presidente Paulo da Cunha afirmou que o Poder Judiciário de Mato Grosso está aberto ao diálogo e que este diálogo não deve ser isolado, mas sim em conjunto. “Ninguém faz nada sozinho. Vamos construir este canal de comunicação com os senhores. Tenho certeza que o governador do Estado está empenhado em participar deste diálogo, bem como a Defensoria Pública. As mudanças nem sempre acontecem na velocidade que queremos, até mesmo porque a questão agrária não é um problema que nasceu ontem, ele vem se arrastando há décadas”.
O coordenador da Pastoral da Terra em Mato Grosso, padre Paulo César Moreira Santos, elogiou a iniciativa do Judiciário em abrir este canal de conversação. Conforme ele, a expectativa agora é conseguir uma agenda com o governador do Estado, Pedro Taques, para tratar do assunto.
O deputado estadual, José Carlos do Pátio, que acompanhou os representantes dos trabalhadores sem terra no Judiciário, destacou que este não é o momento do enfrentamento, mas sim do diálogo. “Sei que vocês não foram ouvidos nos últimos anos, mas vamos construir uma relação de diálogo a partir de agora”.


