O Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou recurso interposto pela defesa do ex-policial civil Paulo Roberto Gomes dos Santos, também conhecido como “Francisco Vaccani”, que pedia novo julgamento. O advogado dele, Waldir Caldas, disse para A Gazeta, que o mérito do pedido (embargo de declaração) ainda será analisado pela 2ª Câmara Criminal do TJ.
O júri popular ocorreu em setembro do ano passado. O argumento usado pela defesa para pedir a anulação é de que houve erro na condenação. Paulo confessou o crime e foi denunciado por homicídio triplamente qualificado pelo Ministério Público Estadual. Diz a denúncia que ele agiu por motivo torpe (ciúme), usou método de asfixia e dissimulação. Paulo foi condenado a 19 anos de prisão pelo assassinato de sua amante, Rosimeire Maria da Silva, 25, ocorrido em 2004. A defesa argumenta que o ex-policial agiu sob domínio de violência e forte emoção. Paulo foi denunciado por homicídio triplamente qualificado pelo Ministério Público Estadual.
Relembre o caso:
Paulo estava estabelecido, em 2004, em Lucas do Rio Verde. Casado, era tido como um próspero empresário. Ele mantinha um relacionamento com Rosimeire, em Cuiabá. Ao saber, por um detetive particular, que a garota mantinha um relacionamento com outro homem, ele teria cometido o assassinato.
Primeiro, teria convidado a namorada para viajar. Sem saber de nada, Rosemeire foi com ele a um motel em Juscimeira. Ela foi asfixiada dentro da banheira. Em seguida, utilizando um machado que carregava em sua caminhonete, o empresário teria decapitado a jovem e retirado as falanges dos dedos, para dificultar uma identificação.
Após o crime, ele teria jogado a cabeça dela em um rio nas imediações de Juscimeira e ela nunca foi localizada. Paulo foi preso dias após o crime e usava a identidade falsa em nome de Francisco de Angelis Vacanni Lima. Com a descoberta da falsidade ideológica, a polícia soube também que ele era procurado pelo assassinato de um delegado no Rio de Janeiro. Por este crime, ele já foi sentenciado a 13 anos de prisão.