Quatro testemunhas foram intimadas para deporem hoje, a partir das 12h30, no fórum da comarca de Tabaporã (150 km de Sinop), no processo do assassinato da advogada Andréa de Carvalho Furtado Pereira. Esta é a primeira audiência para oitiva de testemunhas de acusação. A juíza Helícia Vitti Lourenço vai buscar mais detalhes sobre o crime e provas que colaborem na identificação do assassino.
O ex-policial militar Valtencir Moreira Costa, conhecido como Dudu, está preso desde 8 de junho, acusado de cometer o homicídio. Andréa fazia a defesa da mulher de Valtencir no processo de separação de corpos e pagamento de pensão. Dois dias antes do assassinato, uma decisão da Justiça determinou a separação de corpos do casal e impediu o ex-soldado de chegar a 100 metros de distância de sua esposa. A polícia acredita que este foi o motivo para o crime.
Na tarde em que Andréa foi morta, no escritório dela, Valtencir tinha marcado uma reunião, para tratar sobre o assunto. Testemunhas teriam visto ele no local. Dudu ficou foragido por alguns dias e foi recapturado em Rondônia, na casa de parentes. Ele permanece preso em Santo Antônio do Leverger e já prestou depoimento, mas negou ter disparado os tiros que mataram a advogada.
O crime ocorreu no dia 16 de abril. Andréa estaria sentanda quando foi supreendida pelo assassino, que teria ainda lhe puxado pelos cabelos e feito dois disparos na parte superior da cabeça, a queima roupa. Dois projéteis foram retirados do crânio e uma bala também atingiu o pescoço da advogada.