A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, decidiu cancelar o júri popular de um dos suspeitos de assassinar Rubens dos Santos, 18 anos, em março de 2016, no bairro Vila Santana. A vítima foi encontrada por moradores que escutaram diversos disparos de arma de fogo. O jovem não resistiu aos ferimentos na cabeça e morreu no local.
A sessão de julgamento chegou a iniciar, esta manhã, porém, como uma das testemunhas, considerada imprescindível, não havia sido localizada, a defesa entrou com pedido de adiamento. “Considerando que não fora oportunizado, à Defesa, a indicação do novo endereço da testemunha, e tendo esta sido arrolada em caráter de imprescindibilidade (…) defiro o pleito para adiar o julgamento para outra data a ser posteriormente agendada”, decidiu a magistrada.
Segundo um investigador da Polícia Civil que atuou no caso, uma testemunha teria presenciado o crime e apontado os dois homens como autores. Afirmou, ainda que, segundo apurado durante o inquérito, um deles teria matado Rubens por ele não ter repassado parte do valor referente a uma arma de fogo que possuíam em conjunto e que teria sido apreendida. O outro acusado (que irá a júri nesta terça), por outro lado, conforme esta versão, queria se vingar por um parente que teve a casa roubada, supostamente por Rubens.
Para a polícia, os suspeitos tinham motivos e, portanto, teriam se associado para matar a vítima. Segundo o policial, uma testemunha, a qual não quis depor por medo de represálias, relatou que o réu seria membro do “Comando Vermelho” e muito temido na região do Vila Santana. A pessoa, no entanto, contou aos policiais que no dia do crime estava se dirigindo para a casa de sua namorada, no momento em que escutou o barulho dos disparos e, ao observar o local do crime, avistou os suspeitos.
Conforme o investigador, foi solicitada a prisão da dupla, no entanto, um dos supostos envolvidos acabou sendo assassinado. Já o outro foi preso em 2017 e, de acordo com o policial, confessou o crime, em um primeiro momento, “no entanto, ao ser interrogado, mudou a versão aduzindo que apenas estava na companhia do outro acusado, mas que não teria efetuado o disparo”.
O réu segue preso no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, e irá responder por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.