Terminou ontem a greve do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit) de Mato Grasso, acompanhando a decisão nacional. Na sexta-feira (23), servidores no Distrito Federal votaram pela suspensão, que seguia forte em todo o Brasil desde o dia 6. Assembléias realizadas em outros 15 Estados já haviam verticalizado a decisão.
A categoria aposta no processo de negociação. O governo apresentou agenda de reuniões que começou na quarta. Outras acontecem nos dias 3, 11 e 25 de novembro.
A expectativa é de que ao longo do processo de negociação, a pauta emergencial do setor seja compreendida e atendida pelo governo. Os servidores do Dnit querem garantir a aprovação da minuta de decreto em negociação junto ao Ministério dos Transportes. A categoria quer também a regulamentação da progressão funcional e das gratificações da Lei 11.171/05.
Outro ponto da pauta emergencial cobra a instalação do grupo de trabalho que está garantido nos termos de compromisso assinados com a categoria. Os servidores querem ainda a abertura imediata de concurso público, a estruturação do Dnit e a reabertura da negociação remuneratória, um dos itens onde a MP 441 trouxe rompimento de acordo.
De acordo com Marcelo Guilherme, membro da comissão de negociação em Mato Grosso, a categoria continua em vigília e ainda há a celeuma porque o Ministério do Planejamento propôs quatro rodadas de negociações, enquanto para outros órgãos o período é mais curto.
Ao menos 90 servidores estavam com as atividades paralisadas há quase 20 dias. Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso (Sindsep), Carlos Alberto de Almeida, o descontentamento veio diante da aprovação da Medida Provisória 441 que não cumpriu com o que foi acordado anteriormente. O apoio logístico da greve foi subsidiado pelo Sindsep-MT.