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Termina em Sinop uma das maiores manifestações feitas por produtores

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Terminou, agora há pouco, um dos maiores protestos feitos em Sinop por fazendeiros e pecuaristas que cobraram do Governo Federal medidas como mais crédito para o setor, mudanças na política econômica para que o preço da soja, arroz e milho não continuem em patamares baixos, além de renegociação de dívidas.

Veja as imagens do protesto-carreata hoje em Sinop clicando aqui

Os produtores de Sinop, com apoio do comércio, da indústria, lideranças políticas, e entidades fizeram uma grande carreata pelo centro e setor industrial. A concentração começou às 07:00hs próximo ao parque de exposições. Uma quantidade considerável de tratores, colheitadeiras, caminhões e carros estiveram na carreata, carregando faixas e cartazes cobrando mudanças na política econômica. Os agricultores que participaram da mobilização vestiam camisetas com a frase “Fora Lula”.
No centro e no setor industrial, empresas fecharam as portas por alguns minutos em solidariedade do ao setor. O comércio e a indústria também acabam sentindo os reflexos da crise na agricultura. Muitas empresas, principalmente as que vendem máquinas e insumos, tem quantias consideráveis para receber de produtores que já colheram soja e arroz mas o preço de mercado, segundo eles, é impraticável e não paga as contas.

Depois da carreata, eles se concentraram, esta tarde, na BR-163, nas proximidades do viaduto. O tráfego foi desviado para as laterais da rodovia. As máquinas ficaram às margens da pista. Produtores e lideranças sindicais fizeram duros discursos contra o governo, cobrando providências urgentes para evitar o colapso do setor.

O produtor Antonio Galvan, integrante da comissão de mobilização do Sindicato Rural de Sinop, disse que o movimento “ficou acima da expectativa dos organizadores. Talvez Sinop tenha feito o maior movimento reunindo tantas entidades e pessoas que estiveram nos apoiando nesta causa”, destacou Galvan. “No dia 31 teremos nova mobilização e, desta vez, será de âmbito nacional. Na próxima semana definiremos, em reunião na Federação da Agricultura, como faremos a manifestação a nível estadual”, ressaltou.

O secretário municipal de Agricultura, Alexandre Piccin, calculou que mais de 3 mil pessoas participaram do movimento que teve entre colheitadeiras, tratores e caminhões cerca de 700 unidades.

Além de Sinop, houve manifestações hoje em Sorriso, Vera, Feliz Natal, Claudia, Guarantã do Norte, Matupá, Nova Mutum, dentre tantas outras cidades.

Cobranças do setor agrícola
Os produtores elaboraram carta que será entregue ao governo onde, dentre vários pontos, aborda:
“Nesta safra, investimos cerca de R$ 12 bilhões, compramos insumos com dólar cotado a R$ 3,10, um custo de produção cerca de 35% maior que a safra anterior e esperávamos colher uma safra de grãos de 24,5 milhões de toneladas, na expectativa de um resultado que nos permitisse continuar investindo na atividade

Sugiram novas doenças (ferrugem asiática), houve seca em alguns municípios, excesso de chuva em outros e não iremos colher o que esperávamos. Agravando a situação, o governo vem adotando uma política econômica restritiva, aumentando a taxa de juros, inibindo o consumo interno e valorizando o câmbio, o que tem reduzido a receita recebida pelos agricultores. Estamos recebendo menos pelo que gastamos mais para produzir!

A crise que está se instalando na agricultura brasileira decorre de fatores que independem dos produtores rurais, que têm sido eficientes, superando recordes de produção e produtividade anualmente. A crise decorre da falta de uma política agrícola de médio e longo prazo para o setor, da falta do seguro rural, da falta de armazenagem, da falta de logística de transporte para escoar a produção, do câmbio valorizado que tira a competitividade da nossa produção.”

Leia em Agronotícias informações do protesto de agricultores em outras cidades mato-grossenses. Clique aqui.

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