
“A greve foi a única saída que encontramos para pressionar o governo. No ano passado nosso movimento sofreu com uma decisão judicial e foi interrompido, mas esta mesma decisão impunha que o Governo Federal desse uma solução para nossas reivindicações. Infelizmente isso não aconteceu. As reuniões que foram realizadas em sua maioria tiveram como resultado a definição da data da próxima reunião”, destacou a coordenadora geral do Sintuf, Leia de Souza Oliveira.
Ela explicou que os representantes do Ministério de Planejamento e Orçamento, assim como os do Ministério da Educação, não apresentam uma proposta concreta. “Estão pontuando que devemos aguardar o desenvolvimento do PIB, e existe a previsão de um PIB negativo ou estagnado. Hoje temos a menor remuneração entre todas as carreiras do Poder Executivo. Como pode um governo que se diz Pátria Educadora pagar tão mal os trabalhadores que atuam na educação?”.
Para o presidente da Associação dos Docentes da UFMT, Reginaldo Silva de Araújo, a greve dos técnico-administrativos é legitima, e os professores devem seguir o mesmo caminho. “Nacionalmente, 22 sindicatos de professores já aprovaram iniciar a greve no dia 28 de maio, cinco universidades estão com indicativo de greve aprovado, entre elas a UFMT, mas ainda sem uma data específica, e 12 ainda não debateram o tema”.
Ele adiantou que mesmo sem uma data específica para a greve dos docentes, um movimento está confirmado para a sexta-feira (29). “Vamos nos reunir nas duas entradas da UFMT às 07h30. Às 08h30 vamos todos juntos para Praça Alencastro, no centro da capital, para realizar um grande ato e chamar a atenção da sociedade para a real condição da educação pública no Brasil. Teremos uma banda e muita poesia no palco cultural”.
Os técnicos administrativos irão se unir aos professores no ato do dia 29 deste mês.


