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Suspensa extradição de Arcanjo para Mato Grosso

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Uma decisão de um juiz de execuções do Uruguai suspendeu ontem a vinda para o Brasil de João Arcanjo Ribeiro, o comendador, acusado de comandar facções criminosas ligadas ao tráfico e ao jogo em território nacional.
Ele é processado por diversos crimes, entre os quais falsidade ideológica, contrabando, porte ilegal de arma e fraude contra o sistema financeiro.

A extradição de Arcanjo foi pedida em 2003 pelo governo brasileiro ao Uruguai, país no qual ele foi preso. Mediante sucessivos recursos, Arcanjo conseguiu manter-se no exterior. Ontem, os advogados de Arcanjo entraram com recurso e o juiz suspendeu novamente a vinda.

Em um de seus primeiros requerimentos, a CPI do Bingos aprovou a convocação de Arcanjo para prestar depoimento. “Estamos esperando a vinda dele para marcar a data para ouvi-lo”, disse o relator da CPI, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN).

O argumento que sustenta a convocação é uma suposta ligação de Arcanjo com facções criminosas do jogo e que atuariam também em Santo André, com possível envolvimento no assassinato do prefeito petista Celso Daniel, em janeiro de 2002.
Ontem, em um avião King Air, sete policiais –dois federais e cinco da Interpol– seguiram para o Uruguai na tentativa de trazer Arcanjo ao Brasil.

De volta ao país, ele deve ficar no presídio Pascoal Ramos, em Cuiabá, sob a guarda do juiz federal Julier Sebastião Silva, da 1ª Vara da Seção Judiciária de Mato Grosso, que pediu sua extradição ao Ministério da Justiça.

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