A penitenciária em Rondonópolis está com 1.260 presos, 41% a mais que a capacidade que é de 892. O levantamento foi concluído pelo poder judiciário. Juízes convocados para atuar no regime de exceção e uma equipe de servidores também inspecionaram a penitenciária e entrevistaram os cerca de 1.200 presos.
A corregedora-geral da Justiça de Mato Grosso, desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, também esteve na penitenciária, fazendo a inspeção que faz parte do Aprimoramento Processual da Justiça Criminal, ação que está sendo realizada em todos os polos judiciais do Estado com o objetivo de levantar a real situação das unidades prisionais, dos detentos e dos processos criminais na 1ª instância. Rondonópolis é o quarto polo a ser visitado. Os desembargadores conheceram a estrutura física, os projetos de ressocialização e remição de pena e fizeram apontamentos especialmente com relação à limpeza da penitenciária. Além disso, informaram aos presos o trabalho de revisão processual realizado.
Aproximadamente 200 reeducandos estão matriculados nos ensinos fundamental e médio. As aulas são ministradas em cinco salas de onde já saíram alunos para Universidade Federal de Mato Grosso com apoio da família e autorização judicial. Também são 200 os trabalhadores dentro da unidade e 42 externos, que prestam serviços para a Prefeitura de Rondonópolis e empresas privadas. Já na cadeia pública estão 138 mulheres, 14 a mais que o número de vagas. Dez delas trabalham internamente e 50 estudam, informa a assessoria do tribunal.