PUBLICIDADE

Sorriso: médicos do Hospital Regional ameaçam pedir demissão em massa

PUBLICIDADE

Um pedido de demissão em massa. É isto que pode acontecer no Hospital Regional de Sorriso (que atendem pacientes de 15 cidades do Nortão em sistema de consórcio) caso o Estado não deposite os salários que estão atrasados desde novembro do ano passado. Segundo o diretor clínico da unidade, Reinaldo Turra de Ávila, a partir de hoje, os médicos vão dar um prazo de 72 horas para o Estado fazer o pagamento, caso contrário, a equipe trabalhará mais sete dias e depois todos os médicos contratados irão pedir demissão.

A posição foi definida, ontem à noite, em uma assembleia que reuniu cerca de 25 médicos. “A assembleia é soberana, a maioria dos presentes apoia esta atitude e iremos fazer isto, pois cansamos de promessas”, disse o diretor. No total, 53 médicos atuam no hospital, sendo que aproximadamente 80% são contratados.

Desta forma, a partir de hoje os médicos só atenderão casos de emergência, urgência e os leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e pediátrico vão funcionar. Segundo Reinaldo, a decisão foi tomada depois que o secretário de Estado de Saúde, Vander Fernandes, disse por telefone que iria fazer o pagamento de todos os atrasados na última quinta-feira, porém, até ontem nenhum valor caiu na conta dos profissionais. “Agora, vamos acionar todas as instituições ligadas à justiça, Ministério Público, Promotoria, nosso sindicato, o Conselho Regional de Medicina (CRM) para todos saberem qual é a nossa realidade e o porquê da nossa decisão”.

Além dos salários, uma bonificação por produtividade e o décimo terceiro salário não foram pagos. O pagamento do salário adicional de dezembro sempre foi feito pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Teles Pires, mas, em dezembro, a direção procurou o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e alegou que esse pagamento era ilegal, sendo acatada pelo órgão. Depois da decisão, o Estado assumiu a dívida, porém, até agora não pagou nenhuma parcela. Já o Consórcio, a partir do dia primeiro de janeiro, não teria mais nenhuma relação com o Hospital Regional.

Agora, com a suspensão provisória da Organização Social de Saúde (OSS), o Consórcio voltou a atuar juntamente com o hospital até que seja definida a OSS.
O secretário estadual disse, ao diretor clínico do hospital, que a ideia é publicar a licitação no dia 23 deste mês, e até o dia 1º de abril, o Estado assumiria uma cogestão juntamente com a OSS, que, por sua vez, assumiria sozinha a unidade em julho.

“Cansamos dessa confusão, todos estão aflitos com esta situação imprevisível. E tem a questão financeira, tem muitos profissionais pedindo dinheiro emprestado, no meu caso tive que aumentar o limite no banco, mas estes juros sou eu que vou ter que pagar. Vim para Sorriso com a minha família, vi muitos aventureiros se instalarem aqui e depois saírem, mas não quero isso para mim. Porém, parece que a saúde deixou de ser prioridade. É uma sensação de total abandono”.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Carro tomba após colisão com outro em Sinop

O acidente envolvendo o Renault Logan e o VW...

Terminam domingo inscrições de seletivo de estágio do Poder Judiciário em Mato Grosso

Inscrições do processo seletivo de estágio do Poder Judiciário...

Supermercados Machado inaugura sua primeira loja em Sorriso

Sorriso ganhou, nesta terça-feira, (10) um novo marco...
PUBLICIDADE