Marques Willian da Silva Santos, de 21 anos, foi condenado, ontem, a 39 anos e 2 meses de prisão em regime fechado. Ele foi julgado pelo homicídio da ex-namorada Gislaine Garcia, 15 anos, e seu filho, de apenas seis meses, em maio de 2014. O júri entendeu que ele é culpado de duplo homicídio triplamente qualificado, ocultação dos cadáveres e corrupção de menores, já que ele teve ajuda de dois jovens, que na época ainda eram adolescentes, ambos com 17 anos.
Os restos mortais de Gislaine e do bebê foram encontrados, no dia 19 de agosto de 2015, em uma região de mata nas proximidades do bairro União. A mãe de Gislaine compareceu na delegacia e apresentou fotos da filha e do neto apontando um boletim de ocorrência registrado no ano anterior sobre o desaparecimento de ambos. Ela teria apresentado uma lista de ligações que acabaram levantando suspeitas. Uma destas ligações era para ex-namorado da vítima e suposto pai da criança.
Na época a polícia apontou que a mãe da adolescente disse que estranhava o relacionamento da filha com o acusado, já que o mesmo nem chegou a registrar a criança. Durante as investigações, além do envolvimento do jovem foi descoberta a participação de dois adolescentes no caso. Todos acabaram encaminhados à delegacia e confessaram o crime indicando o local onde a jovem estava enterrada.
Uma testemunha ainda relatou aos policiais que o suposto mentor confessou que armou toda a trama para “dar um fim” na jovem e no bebê, que seria seu filho, pois não queria ser pai naquela idade.
Os dois envolvidos disseram que o jovem disse para eles irem até o local e pouco tempo depois chegou com Gislaine e a criança. Em seguida o ex-namorado teria estrangulado primeiramente a criança, depois a jovem e, em seguida, os adolescentes enterraram os corpos.
Na data da prisão um dos comparsas já havia completado 18 anos, por isso, respondeu como maior de idade ao crime. Ele também foi julgado ontem. Agora com 20 anos, teve pena de dois anos em regime aberto por ocultação de cadáveres. Atualmente ele já respondia o processo em liberdade.