Foi condenado, há pouco, em júri popular, a 14 anos de reclusão, Walas Negrete Santos, de 27 anos, assassino confesso do vereador Elias Maciel, que ocorreu em 2012. Os jurados analisaram as provas, ouviram depoimentos de testemunhas, a acusação feita pela promotoria e a defesa do réu e concluíram pôs sua condenação. Foi acatado a tese de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e que dificultou a defesa da vítima. Walas alegou que matou Elias por não aceitar ter relações sexuais com ele.
“A defesa tentou de todas as formas mostrar a motivação do crime, dessa dificuldade do Walas falar, mas teve cunho sexual mas não por homofobia. Foi um desentendimento que eles tiveram em relação a ativo e passivo e isso é o que motivou o crime”, disse o advogado João Carrara, que defendeu Walas.
Foram quase 10 horas de julgamento no fórum de Sorriso. Walas já cumpriu dois anos da pena. Ele ficou 4 anos foragido e foi preso em Itaúba (170km de Sorriso). 
A promotora Maisa Fidelies Pyramides disse, antes de começar a sessão, que o o assassinato foi cometido de forma “cruel, o sofrimento que passou a vítima antes de falecer, é evidente. Foram mais de 15 facadas”, “dificultando a defesa da vítima uma vez que os primeiros golpes foram desferidos quando estava na cama. A vítima estava muito vulnerável durante a execução do crime”.
O corpo do vereador foi encontrado no portão de sua residência, no bairro Taiamã. Uma vizinha contou aos policiais que, por volta das 2h da madrugada, ouviu gritos na residência. Logo em seguida, Elias teria pulado por uma das janelas, sem roupas, e logo morreu. Ainda segundo ela, um homem fugiu do local.
Após ser preso, Walas confessou que estava com Elias e ambos teriam bebido. “Fiquei bêbado, nós discutimos, passei a mão na faca e esfaqueei o coitado. Me arrependo disso e quero pedir desculpas para os familiares. O que fiz é uma barbaridade”, disse.
(Atualizada 00:23 em 18/7)
