O protesto “Grito do Ipiranga” foi intensificado hoje em Sinop, com a interrupção do tráfego de caminhões que transportam madeira e outras cargas. Só Notícias apurou que os cerca de 200 agricultores que estão na BR-163, não estão deixando passar madeira , bebidas, móveis e outras cargas não perecíveis.
“Só passa carga perecível, tipo animais vivos, carne, remédios. Cargas com madeira, carvão e resíduos de madeira, combustível, além das cargas agrícolas, estão sendo impedidas de trafegar”, explicou um produtor. Segundo ele, os próprios caminhoneiros, através da Associação Nacional de Transportes, está aderindo ao protesto.
Os caminhões que seguem em direção a Cuiabá e não conseguem passar, acabam retornando para Sinop. “Os que vem sentido Sinop, se não são parados em Sorriso, acabam parando aqui no pátio do posto”, explicou uma liderança do bloqueio. Segundo eles, não há nenhuma previsão de liberação do tráfego.
Ônibus, carros pequenos e ambulâncias passam normalmente. Até ontem, estavam sendo retidos apenas os caminhões com cargas agrícolas, mas hoje os produtores decidiram intensificar o bloqueio. Não está descartada a possibilidade de retenção dos caminhões que transportam carne.
Em Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Rondonópolis, Comodoro e na região do Araguaia também há bloqueios, com participação de caminhoneiros, ligados a Associação Nacional dos Caminhoneiros, bloqueando as rodovias 163, 364, 158, dentre outras.
A coordenação do protesto dos agricultores faz comparativos dos prejuízos: a saca de soja custa R$ 29,60 para ser produzida e, com a queda no dólar, é vendida hoje a R$ 14,00; A saca de arroz custa R$ 29,30 e está sendo vendida a R$ 10,00; A saca de milho custa R$ 15 para ser produzida e a cotação hoje é de R$ 6,00
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