Os sinopenses continuam ajudando as vítimas das graves enchentes no Rio Grande do Sul. Até agora, 15 carretas bitrem e caminhões com pouco mais de 400 toneladas, entre alimentos não perecíveis, água, roupas de cama, materiais de higiene, produtos de limpeza, eletrodomésticos, vestimentas, agasalhos, calçados e brinquedos foram enviados para o Rio Grande do Sul, através da campanha “SOS Chuvas” ajudando parte das 2,1 milhões de pessoas afetadas durante as inundações na região. O balanço foi apresentado pela secretária geral e relações públicas do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Estância da Amizade, Ana Lais Boufleur. Ela disse, ao Só Notícias, que a ação, realizada há mais de uma semana, conta com apoio do Lions Clube de Sinop e diversos voluntários.
“Aqui a rotina tem sido bem dinâmica, até a semana passada nos conseguimos carregar 13 caminhões. Como voltaram as chuvas, durante domingo e segunda demos uma parada, reorganizamos a casa e avaliamos o que ainda tínhamos aqui. Neste momento”, “para levar mais carretas, a gente volta a precisar de comida, cestas básicas, caixas de leite, fraudas, colchões, secadores, máquinas de lavar e até medicamentos”, “mas a gente leva um pouco de tudo em cada carga e agora estamos com muitos cobertores por aqui e roupas de frio”, destacou Laís. No momento, conforme avaliado pela organização, não é mais necessário roupas.
A secretária acrescentou que a campanha de entregas no CTG deve seguir até este domingo (19). “O volume de doações diminuiu, além de que a gente não manda o que temos e sim o que ele precisam”, “vamos tentar entender juntos qual seria a próxima etapa, já estamos falando em talvez ajudá-los nas reconstruções, oferecendo materiais nesse sentido”, “também viemos realizando muitas ajudas financeiras” ontem, um CTG em Imbé que faz marmitas pediu por mais proteínas, mediamos quem tinha o dinheiro e se falaram, fazendo então a compra num frigorífico”. No entanto, um novo endereço para dar prosseguimento às arrecadações também será definido.
Os pontos de recolha dos donativos, segundo Boufleur, seguem os mesmos, como a rede de Supermercados Machado, Igreja Católica, shopping, clubes de serviço, instituições de ensino municipais e estaduais, órgãos ligados ao poder público, entre outras organizações privadas. “Eles recebem e trazem para a gente, às vezes também vamos buscas quando necessário, além do reforço que vem das cidades vizinhas, recebemos materiais de mais de 10 municípios vizinhos”. Além do transporte feito por meio das rodovias, os responsáveis ainda contaram com apoio de agências de viagem para disponibilização de aviões, que fizeram durante os primeiros dias, o transporte de carregamentos compostos por água.
Hoje deve ser enviada nova remessa de donativos com aproximadamente 30 toneladas em produtos diversos e com destino à região metropolitana de Porto Alegre. O centro tem recebido colaboradores de empresas, acadêmicos de universidades públicas ou particulares e grupos voluntários para o processo de organização e triagem dos materiais recebidos. Por parte dos doadores, Ana informou que as roupas já estão “vindo identificadas no sentido de etiquetação”, “na parte de higiene não tem problema, do jeito que chega aqui a gente reorganiza da melhor maneira para o caminhão”, “houve uma escola que fez algo muito legal, que foi separar numa sacolinha, as toalhas, escovas de dentes, sabonetes”, “e cartinhas das crianças para mandarem para as outras, aí a gente separou tudo em envelopes, vão na cabine do motorista e serão entregues em mãos por quem recebe, os meninos colocaram até Instagram e telefone se quiserem continuar o contato”.
Conforme o último boletim disponibilizado pela Defesa Civil local, foram registrados danos a 449 cidades, 149 óbitos, 806 feridos e 108 desaparecidos na catástrofe.
Inscreva-se no canal de Só Notícias no You Tube clicando aqui