A construção de um zoológico em Sinop deve ser viabilizada como compensação por parte da empresa que vencer a concessão da Usina Hidrelétrica Sinop (UHE Sinop). O secretário de Meio Ambiente, Rogério Rodrigues, disse, ao Só Notícias, que a proposta está inclusa como condicionante em documentação enviada à Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). Ainda não há projetos, mas a intenção é viabilizá-lo a médio prazo. Não foram mencionadas datas.
Ele explicou que um dos objetivos é proporcionar local adequado a animais que deverão perder suas áreas de habitat devido as obras. Ainda, abrigar outros que precisem de cuidados, oriundos de operações de fiscalização, por exemplo. A intenção é que haja parceria, além da empresa que vencer a concessão da usina, entre a prefeitura e o campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Rogério afirmou que o zoológico poderá ser instalado em um dos parques previstos para as reservas R1, R2 e R3, cujo estudos de viabilidade serão finalizados em dezembro. No entanto, também não descartou que a possibilidade de funcionar no Parque Floresta, local no qual já era cogitada a implantação de um mini-zoológico. A Sema ainda deve manifestar posicionamento oficial sobre a proposta.
Conforme Só Notícias já informou, o zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá, é um a única referência para o estado atualmente. Abriga mais de 400 animais apreendidos pelos órgãos fiscalizadores, sendo grande parte ameaçada de extinção, e pertencente aos três ecossistemas regionais: Amazônia, Cerrado e Pantanal.
Já o processo para a construção da usina ainda está tramitando nos órgãos competentes. A capacidade é para gerar 400 megawatts de energia, e será construída, abrangendo o território de Sinop, Itaúba, Sorriso, Ipiranga do Norte e Cláudia. 60% do reservatório inundará terras sinopenses totalizando 23 mil hectares.
Em agosto, o Ministério Público Estadual requereu anulação da licença ambiental da obra, apontando uma série de “vícios” no estudo e no Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). Entre eles, omissões na delimitação das áreas de influência do empreendimento. Não há previsão para o fim do processo.