O caso do pedreiro Tiago Rodrigues dos Santos, 22 anos, morto após ter sido espancado em uma das salas da delegacia municipal, enquanto estava detido e algemado, continua repercutindo. Não apenas no cenário estadual e nacional, mas também na população da maior cidade da região Norte. O desespero da mãe, ao saber que o filho havia sido morto após dar entrada no Pronto Atendimento (PA) fez a sociedade se solidarizar com a família.
A população demonstra estar perplexa com a situação. Ameaças contra os acusados de envolvimento no fato começam a ser registradas. Ontem, por meio de um telefonema à central de operações da Polícia Militar, um morador, ainda não identificado, ameaçou os policiais Alexandre Dallacqua, aspirante e o soldado Evanildo Lopes.
A PM confeccionou um boletim de ocorrência sobre o caso. Na versão apresentada pelos registrados no dia do fato, Evanildo Lopes é apontado como o principal acusado pelas agressões. O policial não trabalhava no sábado. Relatou ter sido vítima de uma suposta tentativa de homicídio. Enquanto o procedimento era realizado na Polícia Civil, o soldado entrou na sala onde estava Thiago e o agrediu.
Por outro lado, segundo a própria defesa, Evanildo disse não ter certeza se Tiago teria sido o autor dos disparos efetuados, conforme Só Notícias já informou durante esta manhã. O irmão do pedreiro morto, Dione Santos, acusa ainda o aspirante e outro soldado, identificado por Campos, por também terem participado do ato, circunstâncias estas apuradas.
Evanildo é esperado para prestar depoimento na delegacia e responder por homicídio ou lesão seguida de morte. O soldado e o aspirante continuam trabalhando, e, de acordo com o Comando de Policiamento de Área seus procedimentos serão investigados em inquérito militar
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