Os servidores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Agrossilvipastoril em Sinop farão assembleia geral, esta manhã, para avaliar se vão aderir ou não ao movimento grevista deflagrado nacionalmente. Atualmente, o escritório da unidade no município tem cerca de 75 funcionários entre pesquisadores e servidores administrativos. Este número deve aumentar para cerca de 140, mas apenas quando o centro de pesquisas estiver finalizado.
Em entrevista ao Só Notícias, o pesquisador Cornélio Alberto Zolin disse que ontem houve reunião sendo repassadas todas as informações sobre o movimento para os demais servidores e que hoje será votada a adesão à paralisação. O pesquisador ficou como um dos encarregados de repassar as informações sobre o movimento aos demais colegas da Embrapa. Ele explicou que pela unidade ser recente, ainda não há uma seção sindical formada oficialmente e, devido a isso, ainda não há um representante legal do sindicato estabelecido no local.
De acordo com informações do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), do qual os servidores da Embrapa fazem parte, 80% dos trabalhadores do órgão, em todo o país, aderiram ao movimento, que foi deflagrado ontem. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 10,51% (inflação + ganho real), aumento no valor do tíquete-alimentação, além da implantação do ponto eletrônico.
O Sinpaf também aponta a falta de servidores nos órgão espalhados pelo país. Segundo o sindicato, em 1982, a Embrapa tinha 12 mil trabalhadores. Atualmente, há 9,5 mil. No entanto, nestes quase 30 anos o agronegócio brasileiro cresceu, o que elevou a atuação da empresa com menos funcionários.