Sinop sedia de 26 a 28 deste mês o primeiro Fórum de Sustentabilidade, no Centro de Eventos Dante Martins de Oliveira. É promovido em parceira entre as entidades de classe e prefeitura. O porta voz do evento, Tárcio Lopes, disse, há pouco, que objetivo é discutir o real significado do termo com a sociedade, sustentando os pilares meio ambiente, econômico e social. Isso, além de exposição e projeções de ações em andamento na região, quanto ao tema, já visando a Conferência Internacional Rio+20. Ela vai reunir representantes dos mais 100 países ligados à Organização das Nações Unidas (ONU), em junho, no Rio de Janeiro, com a sustentabilidade mundial no foco das discussões. São esperados para abertura do fórum, além do prefeito Juarez Costa, a embaixadora mundial da conferência no Rio, Serys Slhessarenko e o ex-ministro da Agricultura, Alysson Paulinelle.
Tárcio, também membro do Conselho de Desenvolvimento do Norte de Mato Grosso (Codenorte), disse que hoje, a população de modo geral tem apenas apena uma ideia de quando se fala em sustentabilidade, apenas meio ambiente. “E não é só meio ambiente. Quando se fala em sustentabilidade temos três pilares, o meio ambiente é um deles, econômico e social, outros. É importante que este três pilares andem juntos. Estejam em equilíbrio. Por que senão, acaba-se fazendo uma discussão única e exclusivamente em relação ao meio ambiente […] acaba-se deixando o lado econômico e social, e a população mundial pode passar fome por causa disso. Então, essa discussão tem que ser levada à sério”. S
Com as discussões à cerca da sustentabilidade, as entidades de classe veem oportunidade de mudar a imagem negativa da região, em nível nacional e internacional. Tarcio lembrou ela ter sido alvo constante das operações de órgão ambientais. “E nós, que moramos aqui, sabemos que não é bem assim. Que ela é produtiva, economicamente sustentável, socialmente e ambientalmente hoje, muito mais sustentável do que se imagina e prega aí fora. Então, inicialmente é mostrar quais são as ações que fazemos, sustentáveis, mostrar para o Brasil e mundo, nossos bons exemplos”.
A reversão dessa imagem, segundo o representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), um dos órgãos envolvidos, Renato Rodrigues, seria o levantamento de indicadores. Isso, a partir de uma carta aberta à todas as administrações da região. “A ideia da criação da carta é fazer um documento levantando os principais indicadores de sustentabilidade para as regiões do município. O que gostaríamos de estudar, pesquisar, para chegar ao nível de sustentabilidade”.
Ele exemplificou um desses indicadores. “Poderia ser taxa de alfabetização, por exemplo. Pegaríamos as taxas dos municípios. Quantas crianças até 10 anos são alfabetizadas? Até 15 anos? Com isso, temos valores de referencias internacionais e conseguimos saber se esse município está bem ou mal. Se está bem, ótimo, se está mal naquele determinado indicador o que fazer para melhorar a situação?”. Outra ação, seria o fórum permanente.
Participaram da coletiva os representantes da entidade envolvidas, como o Sindicato Rural de Sinop, representado por Paulo Lauxen (também do Lions Clube); o presidente da Aces, Mauro Miller; presidente da OAB, Soraide Castro; presidente da Codenorte, Antônio Paganini; Feliciano Azuaza, economista da Unemat; Amadeu Rampazzo, presidente da Aenor; Ednaldo Maria da Conceição, das Lojas Maçônicas e Felício José dos Santos, do Rotary Clube Tarumãs.
Tárcio (foto: Só Notícias/Marcilio Azevedo)
Renato (foto: Só Notícias/Marcilio Azevedo)
Mauro Muller, presidente da ACES (foto: Só Notícias/Marcilio Azevedo)
