PUBLICIDADE

Sinop: projeto da UFMT propõe alternativa inovadora para produção de mudas

PUBLICIDADE
Redação Só Notícias (fotos: Alexsandro Fama)

Um projeto desenvolvido na UFMT Campus Sinop pode transformar a produção de mudas em viveiros florestais. Coordenado pelo professor do Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais (ICAA), Pedro Simões, o projeto Ecotubete propõe substituir os tradicionais tubetes plásticos por uma versão biodegradável, de baixo custo e menor impacto ambiental, reduzindo o uso de plástico na silvicultura brasileira.

Os estudos começaram no segundo semestre do ano passado, com apoio do Escritório de Inovação Tecnológica da UFMT e da Fapemat. A ideia surgiu da necessidade de diminuir o descarte e o retrabalho gerado pelos milhões de tubetes plásticos usados anualmente. “Apesar de o plástico ser barato e reutilizável, ele precisa passar por lavagem e esterilização a cada ciclo, com alto consumo de água e energia”.

O Ecotubete busca uma solução prática e ecológica: um recipiente biodegradável que pode ser plantado com a muda, sem necessidade de remoção. “Quando a muda vai ao campo, o produtor planta direto e o material se decompõe naturalmente no solo”, detalhou, através da assessoria.

Produzido com ceras vegetais, como as de soja e palma, combinadas a resíduos naturais — palha de arroz, fibra de coco e pó de serra — o tubete mantém resistência durante o cultivo e, depois, beneficia o solo ao se decompor. “A cera vegetal serve de alimento para micro-organismos, fortalecendo a fertilidade”.

Além do impacto ambiental, o projeto pode reduzir o tempo de produção das mudas, de até 120 para cerca de 80 dias, permitindo a produção de um lote extra por ano. Embora o custo atual seja um pouco maior, a equipe acredita que a produção em escala equilibrará os valores e compensará pela economia de tempo e mão de obra.

O projeto envolve também estudantes, como Suellen Karine de Paula, do 7º semestre de Engenharia Florestal, que atua desde o início. “Aprendi muito sobre persistência e pesquisa. Hoje já conseguimos desenvolver diferentes modelos e testamos resistência e biodegradabilidade”.

Atualmente na segunda fase de experimentação, o Ecotubete deve avançar para testes de campo e, em breve, poderá chegar ao mercado, fortalecendo uma silvicultura mais sustentável.

Receba em seu WhatsApp informações publicadas em Só Notícias. Clique aqui.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE