Os servidores municipais do Sindicato dos Profissionais do Ensino Público (Sintep) decidiram em assembleia realizada, ontem à noite, deliberar greve a partir de segunda-feira, após às 14h, com concentração na câmara para acompanhar a sessão ordinária. Na terça-feira de manhã, eles devem se reunir na praça das Bandeiras e farão uma caminhada até a secretaria de Educação, reivindicando as solicitações. Já na quarta a concentração é na praça Plínio Callegaro e seguirão até a prefeitura onde farão uma assembleia de avaliação do movimento.
“Todos os servidores votaram a favor do movimento. Nós já fomos atrás, buscamos, nos reunimos e nada até agora. A conversa é sempre a mesma, estamos resolvendo, estamos vendo o que podemos fazer, mas a verdade é que em nada houve avanço. A greve é a última decisão que queríamos ter tomado, é muito sofrido para todos os professores, pais e alunos, mas infelizmente parece ser a única solução para resolver o problema. A educação não está sendo zelada da forma que foi pregada durante a campanha da atual gestão, muito pelo contrária, houve um enorme retrocesso”, criticou a presidente do sindicato, Maria Aparecida Lopes.
Os servidores cobram alteração da jornada de trabalho de professores e técnicos, regulamentação definitiva da jornada do apoio administrativo educacional, reajuste para apoio e técnicos administrativos educacional em 4,77%, inclusão dos motoristas na carreira da Educação e alteração dos coeficientes das tabelas de apoio e técnicos a partir da formação de nível médio profissionalizado. Em fevereiro, mais de 200 profissionais realizaram uma manifestação em frente a prefeitura, com faixas e cartazes cobrando a alteração da jornada de trabalho. A primeira reunião entre o Sintep e o executivo, este ano, foi no dia 12.
Outro lado
Em nota a secretaria municipal de Educação respondeu que até esta manhã, não havia sido notificada oficialmente da decisão do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público. “A secretaria respeita todo tipo de manifestação democrática da categoria e lembra que sempre esteve aberta ao diálogo com os profissionais. O executivo assumiu prioritariamente o cumprimento de todas as demandas que são obrigatórias por lei, a exemplo do piso do magistério (para professores). As demais são observadas de acordo com a possibilidade jurídica, financeira e orçamentária, cumprindo os requisitos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ontem, a secretaria municipal de Educação realizou o envio de um ofício ao Sintep, com respostas às últimas demandas da categoria”.
(Atualizada às 13h46)