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Sinop: produtores começam colher milho mas esperam por melhores preços

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A colheita do milho, iniciada timidamente em alguns municípios de Mato Grosso, deve ganhar força a partir das próximas semanas, ou mesmo em julho. Na grande região de Sinop, onde estão incluídos também cidades circuvizinhas como Sorriso (parte), Tabaporã, Porto dos Gaúchos, Itaúba, Vera, Santa Carmem e Cláudia, estima-se que pelo menos 5% dos agricultores tenham colocado seus maquinários no campo.

A área destinada a safrinha variou entre 150 a 160 mil hectares e a projeção é que ao final dos trabalhos sejam alcançadas em torno de 550 a 600 mil toneladas do grão. De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antonio Galvan, ainda são poucos que estão colhendo.

“O forte mesmo deve ser a partir das próximas semanas”, declarou, ao Só Notícias/Agronotícias. O sindicalista explica que os primeiros resultados tem se mostrado satisfatórios. Conforme ele, produtores têm optado por não colher neste momento, esperando melhores preços para a saca do milho.

Da segunda quinzena de maio até hoje, a cotação reduziu em R$3 nas regiões Norte e Médio Norte, conforme apurou a Rural Norte Corretora. O presidente da Bolsa de Mercadorias de Sinop, Luis Rodrigues Anacleto, lembra que novas baixas não são descartadas. “Da segunda quinzena de maio tínhamos um preço médio de R$16 a saca. Isto diminuiu para R$13 hoje. Os compradores, como acontecem todos os anos, esperam para adquirirem mais barato. Estão retraídos”, salientou.

“Isso ainda deve cair a patamares de R$12, na espera da intervenção do Governo”, ponderou Anacleto. O cenário deve reverter-se, explica ele, com a abertura para exportações do grão, bem como a adoção de políticas pelo governo. “Temos um excedente, em nível de Brasil, que é 11 milhões de toneladas (de milho). O processo de exportação não iniciou. O Governo está preparando para entrar no mercado, mas também não sinalizou preço”, analisou.

Em Mato Grosso, segundo maior produtor nacional com 34,87% do milho segunda safra, o clima está sendo favorável a cultura, com chuvas bem distribuídas e quantidades suficientes para atingir o potencial produtivo. De acordo com o último levantamento de safra divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção no Estado deve atingir 6.460,6 toneladas, desempenho 27% superior a 2006/07.

No Brasil, a produção estimada é de 18,53 milhões de toneladas, ou seja, superior à safra anterior em 25,4%. Esse aumento é justificado pelo crescimento de 10,9% na área
plantada, fato motivado pelos bons preços da commoditie no mercado, e de 13,1% na
produtividade, com as boas condições climáticas.

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