A presidente eleita da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Soraide Castro, declarou, ao Só Notícias, que a greve dos servidores do Judiciário está trazendo prejuízos para advogados e clientes. “Entendemos que o movimento é justo, porém falta negociação”, declara. De acordo com Soraide, o momento escolhido para iniciar a greve foi adequado, mas a situação se arrastou e está coincidindo com o recesso forense que começa domingo (2) e vai até 06 de janeiro. “Acredito que, infelizmente, não haverá uma solução antes do recesso, pois faltam só dois dias e não há nenhum movimento nesse sentido,” declarou. Milhares de ações tramitam nas varas cíveis, criminais e de fazenda pública na Comarca de Sinop. Com a greve, a tramitação dos processo passou a ser mais lenta.
Conforme Só Noticias já informou, os servidores iniciaram o movimento -que está na terceira semana- por não terem recebido direitos trabalhistas que argumentam estarem assegurados pela Constituição Federal, como vendas de 10 dias de férias, licença-prêmio e progressão funcional preconizada, de dois em dois anos. Eles também exigem o pagamento de plantões nos finais de semana e cobram o pagamento do passivo da URV (11,98%), garantido por uma decisão do pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Na semana passada, o Conselho Nacional de Justiça, (CNJ) suspendeu o pagamento dos créditos pretéritos dos servidores do Poder Judiciário. A decisão foi proferida pelo corregedor-nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp. Na solicitação, os magistrados aduziram a possibilidade de quitação dos valores atrasados referentes a rescisões contratuais, diferenças salariais, auxílio funeral, licença-prêmio, FGTS, diferenças de designações, abono pecuniário e verbas indenizatórias para aposentados e pensionistas.