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Sinop: população dá “mau exemplo” e não comparece em audiência do MP

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“É preciso dar a cara a tapa”. Foi com estas palavras que o procurador-geral de Justiça em Mato Grosso, Marcelo Ferra, abriu a audiência pública do Ministério Público em Sinop, com a finalidade de prestar contas sobre a atuação da instituição para a sociedade, ouvir os anseios e definir metas de ação baseado nas carências apontadas.

Sinop foi a quinta cidade do Estado a receber o evento. Para Ferra, os entes públicos devem definir suas estratégias de trabalho a partir de demandas reais. No entanto, o gestor, que comandará o MP estadual até abril de 2011, defendeu a interação e a participação do público em audiências como esta. Ferra disse em Sinop que falta participação da sociedade para busca de soluções existentes.

Segundo ele, há uma dependência pelo Estado mas pouca mobilização popular. “O MP tem chamado a população para participar. Queremos ouvir e definir nossas prioridades. Quando o Ministério Público realiza eventos, audiências, ele convida não as autoridades, mas representantes dos segmentos, do povo”, declarou, em entrevista, ao Só Notícias.

Conforme Ferra, é preciso haver maior envolvimento da sociedade. “Não adianta estabelecer metas sem ouvir a sociedade, sem que elas estejam de acordo com os anseios. Esta é a principal [ideia] das audiências”, complementou o procurador.

Os aspectos identificados por Marcelo Ferra refletiram na audiência de ontem, marcada pela baixa participação popular. Mesmo sendo realizada no anfiteatro da Universidade do Estado de Mato Grosso, campus Sinop, poucos foram os participantes. Na própria Unemat, por exemplo, cursam mais de dois mil acadêmicos e deste universo, mínimos eram os presentes, assim como demais pessoas da comunidade escolar.

Durante os debates, apenas um membro do curso de Letras e outro de Matemática pronunciaram-se e novamente expuseram aos promotores problemas enfrentados na instituição de ensino. “A sociedade deve dizer qual sua preocupação. As vezes o promotor pode achar que o problema é na área de saúde, quando talvez não seja. O MP quer escutar a sociedade”, reiterou Marcelo Ferra.

Alguns presidentes de bairros também marcaram presença no evento. Entre os temas levantados estiveram a falta de estrutura do Corpo de Bombeiros, demora processual, falhas na saúde em Sinop. Participaram da audiência, além de Ferra, o corredor-geral do Ministério Público, Edmilson da Costa, o procurador Mauro Delfino Cezar, o também procurador Paulo Prado, atual coordenador do Gaeco, promotores de Sinop, e Judiciário.

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