Uma multidão de agricultores, empresários, lideranças políticas, profissionais liberais e funcionários de empresas concentrou-se, hoje de manhã, em frente ao Banco do Brasil de Sinop continuando os protestos contra a política econômica do Governo Lula e as altas taxas de juros cobradas nas linhas de créditos para o setor agrícola.
Os participantes do ato público levaram, em passeata, até o banco, um caixão simbolizando a morte do agronegócio mato-grossense.
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Os manifestantes queriam colocar o caixão na agências, mas soldados da PM fizeram um cordão de isolamento para impedir a entrada. Os soldados tentaram evitar e empurraram o caixão que os manifestantes levavam. Algumas pessoas foram levaram empurrões dos policiais e por pouco não houve pancadaria.
O prefeito Nilson Leitão e o deputado Dilceu Dal Bosco entraram na agência e convidaram os dois gerentes para que fossem ouvir as manifestaçõpes feitas em nome da sociedade organizada para que o banco governamental se sensibilize com a crise no setor e possa renegociar as dívidas dos produtores. O caixão, com um boneco dentro, foi colocado na porta da agência – que é a maior da cidade- com as bandeiras de Sinop e do Estado e todos cantaram o hino nacional brasileiro. Mais de mil pessoas estiveram no local.
Em seguida houve a distribuição de 5 mil quilos de arroz, que estão seno doados pelos agricultores. O ato público em defesa dos produtores une prefeitura, câmara, CDL, Sindusmad, Sindicato Rural, sindicatos de trabalhadores no comércio, indústria, associações e muitas outras entidades que são solidárias ao setor agrícola. Começou, na praça Plinio Callegaro, com celebração de culto ecumênico pelo bispo Dom Gentil. Houve discursos do presidente do Sindicato Rural, Antonio Galvan, do prefeito Nilson Leitão, do deputado Dilceu Dal Bosco e do presidente da CDL, Afonso Teschima Junior, ciriticando a política do governo Lula e a demora em tomar soluções para resolver o problema principal dos agricultores que é a queda exagerada no preço da soja.
A maioria dos estabelecimentos comerciais do centro da cidade e algumas indústrias não funcionou pela manhã em apoio aos agricultores. A prefeitura e secretarias ficaram fechadas, bem como a câmara.
A grande maioria dos produtores amarga sucessivos prejuízos. Atualmente, vendendo toda a produção, não conseguem bancar os custos do plantio. A queda do dólar derruba cada vez mais o preço do soja e outros produtos. Hoje, a cotação da moeda norte-americana é de R$ 2,10 – menor patamar dos últimos 5 anos.
Os produtores apresentaram uma lista com dez reivindicações:
1 – Redução dos preços dos combustíveis;
2 – Conclusão imediata da BR-163;
3 – Redução das taxas de juros;
4 – Desoneração dos insumos agrícolas;
5 – PEP – Escoamento;
6 – Garantia do preço mínimo aos produtos agrícolas;
7 – AGG;
8 – Tratar ferrugem asiática como epidemia;
9 – Liberação dos genéricos;
10 – Liberação dos transgênicos (algodão, milho, etc).
(Atualizada às 12:23hs)
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