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Sinop: novo júri do irmão de ex-prefeita acusado de mandar matar vereador é adiado

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A juíza da Primeira Vara Criminal da Comarca, Rosângela Zacarkim dos Santos, adiou para  6 de março do ano que vem, o júri popular do fazendeiro Vilmar Taffarel, que estava previsto para o próximo dia 28, por readequação de pauta. Ele é irmão da ex-prefeita de Vera (80 quilômetros de Sinop), Isani Konerat, e acusado pelo Ministério Público Estadual de ser o mandante do atentado contra o ex-vereador Augusto Alba, que resultou na morte da filha dele, Keyla Suele Alba, na época com 12 anos, em novembro de 2001. O crime aconteceu em Vera mas o processo foi desmembrado e desaforado para Sinop, a pedido do MPE.

Augusto era opositor à ex-gestora e denunciou, na época, a administração municipal por contratar servidores temporários de forma irregular, fraude nas prestações de contas de obras financiadas pelo governo do Estado e uso indevido de máquinas da prefeitura.

Vilmar levado a júri popular em novembro de 2005, na comarca de Vera e foi absolvido. Na época, ele estava preso e foi solto após a decisão. Mas o Ministério Público interpôs recurso de apelação para que fosse anulado o julgamento e submetido a um novo. Em resposta, o réu manejou diversos recursos como "embargos declaratórios, recurso especial, extraordinários e agravo de instrumento, os quais foram negados".

De acordo com a denúncia, "no dia do crime Charles Borges da Silva utilizando -se de arma pistola calibre 9mm atingiu a vítima Keyla, provocando-lhe a morte". O fazendeiro é acusado de ter oferecido R$ 5 mil para que Tarcísio Ribas Thiesen matasse o vereador, alegando "que ele lhe estaria incomodando e lhe ameaçando de morte". Tarcísio teria passado o serviço e vendido a arma utilizada no crime para seu funcionário Isaías, que sub-empreitou a morte do vereador para Charles, o executor do crime, lhe entregando a arma que havia adquirido.

No documento consta ainda que o réu Isaías foi com Charles até a casa da vítima e ficou aguardando no carro enquanto o comparsa cumpria o acordo. Ele bateu palma e pediu um copo com água para a vítima Keyla. Seu pai Augusto, pegou o copo de sua mão e seguia até o portão quando o réu Charles efetuou os primeiros disparos. As vítimas correram para dentro da casa, mas foram perseguidas por Charles, que continuou atirando. Acreditando que teria matado Augusto, ele foi embora e soube somente no dia seguinte que errou o alvo e matou a menina". Os dois teriam dividido o dinheiro dado pelo fazendeiro.

O réu Tarcísio foi condenado a oito anos em regime semi-aberto. Já Isaías foi sentenciado a 14 anos em regime inicial fechado. Charles levou 16 anos de prisão. Os três foram condenados em 2006.

O advogado e ex-deputado federal, Roberto Jefferson, foi assistente da acusação, no primeiro julgamento, em 2005. Ele afirmou, com base no processo, não ter dúvidas "que Vilmar foi o mandante" do atentado contra o ex-vereador, que resultou na morte da filha dele. O advogado de defesa foi Claudio Alves Pereira.

Outro lado
Nos autos e também no primeiro julgamento, Vilmar negou que tivesse mandado matar o vereador e sua irmã e alegou que estava sendo vítima de "perseguição política e da imprensa".

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