Carlos Alessandro Lopes, 35 anos, acaba de ser condenado a três anos de reclusão pelo acidente que resultou nas mortes de Beloni de Fátima Frigo, Juliane da Silva Leite e Silmar Foratine dos Santos, em 1º de junho de 2001. O júri popular dele terminou há instantes. Ele responderá em liberdade e teve também a carteira de habilitação suspensa, por seis meses. A decisão saiu após 6 horas de júri popular, no fórum de Sinop. Carlos pode recorrer da decisão.
Na sentença, o juiz João Manoel Pereira Guerra acolheu o pedido da defesa e também da promotoria, pela desclassificação do crime de homicídio doloso (com intenção de matar) para culposo (sem intenção de matar). Com isto, o corpo de jurados foi desclassificado e quem analisou e emitiu a sentença foi o juiz.
Guerra confirmou a materialidade dos fatos e se baseou no Código de Trânsito Brasileiro para emitir a sentença. A motivação, segundo o juiz, foi o “excesso de velocidade, falta de atenção e também de prática de direção”, pois Carlos teria retirado a habilitação cerca de dez dias antes do acidente.
Além das três mulheres, no carro conduzido por Carlos (um Ford Escort) estava ainda Edinaldo Gomes Jorge, que também prestou depoimento no júri de hoje. No dia do acidente, ele teve lesões graves.
Conforme Só Notícias já informou, o acidente ocorreu no cruzamento da rua das Primaveras com avenida dos Jequitibás. Carlos estava sendo acusado de fazer manobras arriscadas, como “cavalo de pau”, cantar pneus e abuso de velocidade. O processo descrevia ainda que eles estariam em uma festa de aniversário na residência de Juliane, onde teriam consumido bebidas alcóolicas e, posteriormente, teriam deixado o local a procura de um bar onde pudessem comprar mais bebidas.
Durante depoimento, Carlos afirmou ter tomado apenas “um gole” e que, na hora do acidente, estava trafegando pela rua das Primaveras quando, na avenida dos Jequitibás, duas pessoas em uma moto teriam “fechado” o veículo dele, fazendo com que perdesse a direção. O carro se chocou em um telefone público e com a parede de um estabelecimento comercial.
Conforme Só Notícias informou, Carlos aguardava julgamento em liberdade. Ele é formado em direito, está morando em São Paulo onde trabalha como auxiliar jurídico em um escritório. Este foi o terceiro júri popular da temporada.
(Atualizada às 15:08h)