Moradores da Gleba Mercedes 5 e do Reassentamento Rural Coletivo realizaram uma passeata esta manhã, com saída da praça Plínio Callegaro, passando pelas avenidas Julio Campo e Sibipirunas e estão concentrados em frente ao escritório da Usina Hidrelétrica Sinop e querem se reunir com os diretores da empresa. “O lago enche em setembro a usina ainda não refez as estradas atingidas. As famílias da Gleba Mercedes estão em água”, criticam. Umas das principais reivindicações também é para ser aumentado o preço pelas terras que serão alagadas. De acordo com um dos assentados Mauro Freese, que reside na gleba, os atingidos cobram principalmente o reajuste das terras, que foram pagas entre R$ 5 e R$ 7 mil o alqueire. “As terras foram muito mal pagas para os assentados. Além das reivindicações que estão na pauta. Precisamos que elas sejam atendidas. Estamos sofrendo no local”, cobrou.
Os atingidos cobram o reajuste de forma integral das indenizações a partir das perícias do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e Ministério Público Federal, cascalhamento, compactação, e desaguadouro do trecho da entrada da gleba a comunidade Campos Novos, na balsa rio Matrinchã. Documento de autorização para implantação do projeto das hortas mandalas com placas solares com recurso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no Reassentamento Rural Coletivo. Também cobram autorização do uso do lago para fins recreativos e produção a todas as famílias atingidas, entre outras reivindicações.
A empresa prometeu uma série de coisa e não cumpriu. Marcamos uma reunião, antecipadamente, mesmo assim não fomos atendidos”, disse o representante do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), João Carlos. “As famílias estão há menos de um mês do enchimento do lago e dentro desse prazo não foram cumpridos os acordos que era colocar as estradas em condições boas, deixar as famílias em uma situação melhor, e, hoje, está ao contrário até porque elas receberam menos de um terço do que deveriam receber pelas terras. Hoje, tem famílias sem água na região, com a construção de estradas os encanamentos foram destruídos”, acrescentou.
A assessoria da empresa disse que se pronunciará em breve sobre o assunto.