O policial rodoviário federal Carlos Roberto Gonçalves, 42 anos, acusado da fazer disparos em uma danceteria na avenida Júlio Campos, em abril de 2006, e atingir Adriana Esser, que ficou paraplégica, e ferir Adriano Ferreira Viana, Adriana Alexandre Magalhães da Silva, Wacles da Cunha Zeni, deve ser julgado no dia 8 de novembro. A primeira vara criminal sinopense marcou a sessão para às 8h30, no plenário do fórum de Sinop. Inicialmente, ele encararia o julgamento no dia 13 de julho, mas teve a sessão redesignada devido a greve dos servidores do judiciário. O réu aguarda o julgamento em liberdade.
Consta no processo que a tentativa de homicídio ocorreu no dia 14 de abril de 2006. O policial teria feito disparos com uma pistola calibre .40, contra a danceteria, atingindo as vítimas. Descreve ainda o processo que, horas antes do crime, o policial esteve em um bar nas proximidades, onde tentou agredir Valéria Moreira da Silva, por que ela teria rejeitado “suas investidas amorosas”, e assim, foi retirado do local.
Posteriormente, sabendo que Valéria seguiu para a danceteria, o réu foi até o local, teria novamente se envolvido em uma confusão, discutido com um cliente do local e, mais uma vez, foi “convidado a se retirar”. Pouco tempo depois, segundo descreve a denúncia, chegou na frente da danceteria e fez os disparos “descarregando dois pentes de munição” contra o estabelecimento e as pessoas que estavam no local.
Conforme Só Notícias informou, depois dos disparos o policial fugiu a pé e foi perseguido por um grupo de rapazes que estava na danceteria. Ele teria jogado a pistola e foi pego cerca de 150 metros depois, na rua dos Lírios.
Das vítimas, Adriana Esser foi quem mais teve sequelas e acabou paraplégica. Em junho do ano passado, conforme Só Notícias informou, o juiz federal em Sinop Murilo Mendes, determinou que o governo federal deveria indenizar a jovem. A sentença a ser paga é uma pensão, por tempo indeterminado, de R$ 1,5 mil mensais, além de outras considerações.