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Sinop: juíza nega liberdade provisória para jardineiro acusado de matar cantora

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A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, negou o pedido de revogação da prisão preventiva formulado pela defesa do jardineiro E.F., 33 anos, acusado de matar a facadas a cantora Eliete Moraes Lucca. Com isso, ele continuará no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, até a data do julgamento, que ainda não foi definida.

Os advogados do acusado haviam alegado que não estavam “presentes os requisitos que motivam a prisão preventiva, além de que o jardineiro possui residência fixa na cidade”. Entretanto, a juíza optou por acolher a manifestação do Ministério Público Estadual (MPE) e ressaltou que “o estado de preocupação e insegurança gerado pela liberdade do acusado colide com sua garantia constitucional de se ver livre e autoriza a decretação da custódia provisória, salvaguardando a ordem pública”.

Conforme Só Notícias já informou, o acusado prestou um novo depoimento, no início deste mês, e confessou ter cometido o crime. Ele disse durante a audiência que assassinou Eliete por ela “tratá-lo com indiferença após o término de um show”, o que fez com que ele fosse embora. Quando a cantora chegou em casa “travaram uma nova discussão”, oportunidade em que ele desferiu vários golpes de faca contra ela e fugiu do local.

Uma das testemunhas confirmou a versão de que o acusado seria o autor do crime. Em seu depoimento, ela afirmou que “estava sentada na área de sua casa, quando ouviu barulhos vindos da residência da vítima, inclusive um pedido de socorro”. Quando subiu em uma cadeira para observar por cima do muro viu “o acusado lavando suas mãos no tanque” e percebeu que “seus braços estavam sujos de sangue”.

O Ministério Público Estadual o denunciou por homicídio qualificado, por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Eliete foi assassinada em uma residência, na rua das Dracenas, no bairro Jardim das Palmeiras. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que ela foi atingida por dez golpes de faca, alguns no tórax. Um vizinho recebeu uma ligação do acusado pedindo para que ele fosse até a residência de Eliete, pois ambos teriam brigado. Esta testemunha acionou a polícia.

A equipe, ao abrir a porta da residência, encontrou a jovem caída no chão da sala já sem vida. A faca utilizada foi encontrada aos pés dela. A perícia analisou a cena do crime e posteriormente encaminhou o corpo ao Instituto Médico Legal (IML). Eliete trabalhava como cantora em uma banda e se apresentava em bailes em Sinop e região. Ela não era casada e deixou uma filha.

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