
De acordo com uma fonte policial de Só Notícias, as investigações apontaram que o alvo dos acusados era um agente carcerário que trabalhava no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, onde um dos irmãos já estava detido. Para os investigadores a principal hipótese é que a motivação tenha sido uma intervenção dos agentes, inclusive com disparo de munição de borracha, no “raio” onde o detento estava. A ação foi registrada em ata do presídio.
O inquérito apontou que, por vingança, o acusado então teria ordenado que seu irmão executasse o agente. Dias depois, o rapaz e um adolescente de 15 anos teriam assassinado, a tiros, Rafael Soares, por engano, no pátio da UPA, acreditando que se tratava do carcereiro.
O irmão do detento foi preso, dois dias depois, em sua residência, no Jardim Novo Estado. Uma pistola 380 (calibre semelhante a que foi utilizada na execução) foi apreendida com algumas munições. O outro envolvido, um adolescente de 15 anos, é o principal acusado de disparar contra Rafael. Ele se apresentou na delegacia da Polícia Civil e confessou ter atirado na vítima. Ele confirmou a versão de que o alvo não seria o funileiro e, sim, um agente prisional.
O adolescente não apontou, entretanto, se receberia algo em troca pela morte do agente e disse ter matado Rafael por engano. O menor foi apreendido e encaminhado para o centro de ressocialização, onde permanece por tempo indeterminado. O outro suspeito foi encaminhado à Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá. O acusado de ser o mandante do crime permanece detido no presídio Ferrugem.
Rafael foi executado quando saía da UPA, onde visitava o filho de dois anos que estava sob cuidados médicos.


