A 17 dias de completar um ano do brutal assassinato de Silvia Bertolazi, 40, e sua filha, Renata, 12, que chocou a população de Sinop ano passado, os dois acusados pelo crime, Simone Simonin Relhers, e Nivaldo Moreira Kienen permanecem presos, a espera da justiça decidir se os levará a júri popular. O crime ocorreu na residência onde as duas moraram, na rua das Seringueiras, Jardim Botânico.
O processo tramita na justiça da comarca de Sinop e está concluso para sentença. A decisão pode sair em breve. O juiz Leonardo Pitaluga aguarda manifestação do Ministério Público, sobre a preliminar de nulidade processual, pela defesa de Simone.
Durante a fase das alegações finais, entre os argumentos utilizados pela defesa da acusada, consta o pedido de nulidade do processo, alegando que foi prejudicada pela não realização de alguns exames, solicitados, entre eles a não apreciação de insanidade mental de Simone, negado, além de outros. “Na época do crime, a polícia havia solicitado um exame de arcada dentária, para ver se batia com a da Simone ou Nivaldo, mas não foi feito. Pedimos a nulidade, já que a defesa foi prejudicada”, declarou, ao Só Notícias, o advogado Odalgir Sgarbi Júnior.
O Ministério Público terá um período para se posicionar. Se o pedido for acatado pelo juiz, o processo pode voltar à fase de diligências, ou seja, desde o início, podendo as defesas dos acusados requerer novos exames, segundo o advogado.
Simone e Nivaldo estão presos desde 17 de fevereiro, dois dias após o assassinato. Moravam em uma residência a aproximadamente 100 metros das vítimas. Durante a fase do inquérito policial, foram ouvidos, e negaram a autoria do crime, acusando-se.
Ano passado, o resultado de um dos exames de DNA requeridos pela Polícia Civil, apontou que os vestígios encontrados nas roupas dos acusados Simone e Nivaldo não eram das vítimas.