O reflexo da paralisação dos caminhoneiros, que entrou, hoje, no 6º dia, já atinge os estoques do hospital regional. A assessoria da unidade confirmou, ao Só Notícias, as luvas, seringas, fios de sutura, máscaras, entre outros insumos médicos, além de medicamentos já estão abaixo do aceitável. “A direção da unidade está buscando alternativas para que não falte produtos e não fique em risco o tratamento dos pacientes”.
A assessoria também informou que será feito um levantamento para saber a quantidade de oxigênio que ainda há na unidade. Os atendimentos continuam normalmente.
Em Sinop, empresas de diferentes segmentos estão com falta de produtos. O cimento, por exemplo, já acabou em várias lojas de construção, as que ainda tem, estão vendendo em quantidade limitada.
Um levantamento feito por Só Notícias, em 10 revendas de Gás Liquefeito de Petróleo (gás de cozinha 13 quilos) apontou que em pelo menos seis não há estoque, desde quinta-feira. Outras 4 não estão nem atendendo os telefones. “Estamos com um caminhão parado, mas não sabemos o trecho, a expectativa é que chegue ainda esta tarde, se chegar vamos comercializar a R$ 110”, disse um empresário do setor. Até ontem, o preço era R$ 100.
Outro segmento muito afetado e que tem gerado grande apreensão da população é o dos combustíveis. Mais de 80% dos postos não têm gasolina, etanol e óleo diesel em Sinop. Outro levantamento feito com a maioria das 30 empresas do setor, aponta que apenas três, às margens da BR-163, tem pequeno estoque de diesel. A maioria dos postos pesquisados, no centro e em alguns bairros, começou a ficar sem combustível desde quinta.
Ontem, o governo federal autorizou o uso de forças federais de segurança para liberar as rodovias bloqueadas pelos caminhoneiros caso as estradas não sejam liberadas pelo movimento. O anúncio foi feito pelo presidente Michel Temer, em pronunciamento no Palácio do Planalto. No entanto, ao invés de diminuir, aumentaram de 26 para 30, os pontos de bloqueios nas rodovias do Estado.