
Um dos suspeitos ainda foi absolvido pelo assassinato. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por homicídio qualificado e destruição de cadáver. Também chegou a ser preso, junto com José. No entanto, o órgão, em alegações finais, voltou atrás e alegou ausência de provas que o ligassem ao crime. Desta forma, além de ser colocado em liberdade, ele acabou não sendo submetido a júri.
O homem contou, em depoimento à Justiça, que estava acompanhado da vítima, mas que, em determinado momento, se desencontraram. Posteriormente, a viu novamente e esta teria admitido o furto de alguns vestidos em uma loja, pedindo ajuda para esconder as roupas. Em seguida, José chegou ao local, começou a discutir com a mulher e a atingiu com um chute. Trator ainda teria mandado o outro morador de rua sair do local. O crime teria ocorrido neste momento.
José, ao ser interrogado pela Justiça, alegou não lembrar de detalhes sobre o assassinato. Ele justificou que ingeriu bebida alcoólica e usou entorpecente, e não soube responder com certeza se ateou fogo na vítima. Se limitou a afirmar, porém, que se os policiais disseram, “ele assume ser verdade”. José ainda confirmou que o segundo suspeito não teve participação no crime.
A ação penal permaneceu suspensa alguns meses até a divulgação do laudo de sanidade mental de José. A perícia feita no réu considerou que ele era “inteiramente capaz de entender o caráter ilícito de sua conduta à época dos fatos, bem assim que ele possuía plena capacidade de autodeterminação”.
O cadáver carbonizado foi localizado por moradores na manhã do dia 28 de maio de 2016.


