Sinop está entre os dez municípios com maior número de crianças e adolescentes no trabalho infantil em Mato Grosso. Na faixa etária de 10 a 17 anos, 14% estão ocupados em alguma atividade. São 17.409 menores. É o quarto maior número do Estado, ficando atrás de Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis. Na quinta posição está Tangará da Serra, com 12.419 crianças e adolescentes trabalhando, correspondendo 15,6% do total. Sorriso é o sexto. Juntos, os dez municípios possuem quase metade dos menores que estão ocupados.
Os dados foram apresentados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), ontem, durante assinatura de convênios com o governo do Estado para combater o trabalho escravo em Mato Grosso. Entre os municípios com os maiores percentuais de crianças ocupadas estão Colniza (35%), Colíder (25%) e Peixoto (22%). Os índices estão bem acima da média estadual, que é de 15,3%.
Em Mato Grosso, de acordo com o censo populacional do IBGE, 69.876 crianças e adolescentes na faixa etária de 10 a 17 anos estão trabalhando. O número é um pouco menor que há dez anos, quando eram 73.636. A redução é bem menor do que a média nacional. De 1992 a 2009, o trabalho infantil caiu 49% no país.
Por lei, apenas adolescentes maiores de 14 anos podem desempenhar algum tipo de atividade na condição de aprendiz. A partir dos 16 anos podem ser contratados, mas com restrições de ocupação.