O corpo de Roseli Ribeiro de Melo, de 44 anos, esta há mais de quatro meses, na unidade do Instituto Médico Legal em Sinop. A irmã dela, Rosineide Dos Santos Melo informou, que os familiares fizeram todos os procedimentos de coleta de material genético para exame de DNA, mas até agora, não foi liberado para os procedimentos fúnebres. “A minha sobrinha [filha de Roseli] foi até a unidade e fez todos os procedimentos necessários, mas até agora, não tivemos respostas. Ela fez o reconhecimento do corpo e das peças de roupas que ela usava. No entanto, ainda não podemos fazer o sepultamento. A família está sofrendo muito com essa demora para liberação. Toda vez que cobramos, alegam que o corpo está na fila para poder fazer os exames”, disse Rosineide, ao Só Notícias.
A coordenadora regional do Instituto Médico Legal, Kesia Melo, informou, ao Só Notícias, que todo o material genético para exames de DNA é coletado e encaminhado ao laboratório, em Cuiabá. “O que ocorre é que estamos sem reagente para fazer os exames de identificação, na capital. O laboratório está parado por conta disso. Uma nova licitação está em andamento, porém, não há prazo para isso ocorra. Infelizmente, é um corpo que está aguardando o DNA. Não podemos simplesmente liberá-lo. Para a justiça não serve apenas o reconhecimento familiar. Temos que fazer os exames e protocolar a confirmação de compatibilidade da família com o corpo. Só será liberado para sepultamento quando for identificado. Quando não existe família para fazer o confronto de dados fazemos a coleta de material para uma eventual procura da família e liberamos para enterro sem identificação”.
Duas mulheres foram presas por ordem judicial e confessaram participação no brutal assassinato de Roseli. Anteriormente, a polícia informou que elas alegaram uma série de motivações. Disseram que eram amigas há tempo e haveria problemas proveniente dessa amizade. Mas, de acordo com a investigação policial, se contradizem nas informações. O delegado Carlos Muniz informou, anteriormente, que uma delas jogou soda na cabeça de Roseli e que a intenção era "derreter (corpo) para evitar o reconhecimento". A vítima foi morta a pauladas, facas e o corpo jogado no valetão onde foi parcialmente enterrado, a poucos metros do entroncamento da MT-220 (rodovia que liga Sinop a Juara) com a estrada Nanci, no mês de abril. Ela era moradora do Camping Clube e estava desaparecida desde 26 de fevereiro deste ano.