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Sinop: controlador confirma deficiência em comunicação com aeronave

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O controlador Lucivando Tiburcio de Alencar, do Cindacta 1, de Brasília, que depôs agora há pouco, ao juiz federal Murilo Mendes, em Sinop, no processo da queda do boeing da Gol, em que morreram 154 pessoas, reconheçou que havia deficiência na comunicação com as aeronaves na área onde atuava, na época do acidente, em setembro do ano passado.

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Lucivando citou que há locais onde o radar não captava as aeronaves, já que o sinal não chegava ao centro de comando. Questionado pelo advogado dos pilotos norte-americanos, Theo Dias, o controlador reafirmou a deficiência. “No mesmo dia da colisão, uma aeronave reclamou que não conseguia comunicação comigo e é comum este tipo de reclamação”, declarou.

Citou ainda que as frequências utilizadas para se comunicar com os pilotos chegavam a cair. “Temos que fazer um milagre praticamente. Só pela vontade divina”, relatou.

O controlador disse ainda que na época foram feitas cobranças de que era necessário ter um radar para visualiação da localização das aeronaves. Questionado pelo procurador Thiago Lemos de Andrade, Lucivando disse que tentou comunicação com o jato Legacy somente por uma frequência, a mesma usada para comunicar-se com as outras aeronaves que trafegam em seu setor. Também alegou que desconhecia a existência de duas frequências mencionadas pelo Ministério Público.

Por diversas vezes o juiz Murilo Mendes alertou a defesa e acusação da repetição de perguntas. A audiência de Lucivando durou mais de três horas. No início de seu depoimento, ele disse ao juiz federal que o controlador Jomarcelo não lhe informou se os pilotos do Legacy, Joseph Lepore e Jan Paladino, voavam com o transponder desligado.

Disse ainda que quando assumiu o monitoramento, detectou que outras duas aeronaves poderiam colidir e decidiu intervir, mantendo contato com ambas.

O próximo a ser ouvido é Leandro José Santos de Barros.

(Atualizada às 20h54)

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