Um dos crimes mais brutais já registrados em Sinop deverá ter os envolvidos julgados este mês. Nivaldo Moreira Kienen e Simone Simonin Relhes, responderão, no próximo dia 30, pelo assassinato de Silvia Regina Bertolazi e da filha Renata Bertolazi, ocorrido em 15 de fevereiro de 2007, na casa das vítimas, no Jardim Botânico. O julgamento – aberto ao público – será presidido pelo magistrado da primeira vara criminal João Manoel Pereira Guerra, e começará às 8h30, no plenário do Fórum.
As vítimas foram mortas a facadas e golpes de martelo. Os corpos foram encontrados pela filha mais velha de Silvia, que foi visitar a mãe na tarde do crime. Além das duas, o filho mais novo de Silvia, na ocasião com 4 anos, também foi agredido mas sobreviveu. O casal morava a cerca de 100 metros da casa das vítimas e estão presos desde o dia 17 de fevereiro de 2007.
O crime foi motivado por ciúmes, segundo o processo do Tribunal de Justiça. “O réu Nivaldo passou a se sentir atraído pela vítima Sílvia, despertando, assim, os ciúmes de sua companheira, a co-ré Simone, constando, inclusive, que na noite anterior aos fatos o casal teve uma briga por esse motivo, tendo o réu expulsado a ré de sua casa, o que a levou passar a noite fora, porém, ao amanhecer do fatídico dia, os réus teriam se reconciliado, mas para reconciliação teria sido confabulado entre eles tirarem a vida Sra. Silvia Regina Bertolazi, por ser ela um empecilho à manutenção da vida em comum de ambos”, relata o processo.
No entanto, eles foram ouvidos durante o inquérito policial e negaram a autoria do crime, acusando-se. A Justiça também realizou audiências e ouviu testemunhas, entre elas a filha mais velha de Silvia. O filho caçula que sobreviveu após ser ferido com golpes de martelo, disse para irmã não ter visto os agressores. Outro fator que causou polêmica na época foi o resultado de um exame de DNA requerido pela Polícia Civil, que apontou que os vestígios encontrados nas roupas dos acusados Simone e Nivaldo não era das vítimas.
No processo, é relatado ainda que os acusados entraram pelo quintal da casa, dirigindo-se até a porta dos fundos. Foram atendidos por Renata que “já recebeu violentos golpes de martelo no rosto e na cabeça”. Em seguida, eles entraram no imóvel e ” desferiram marteladas também na cabeça da vítima Breno, e por fim, no quarto da vítima Silvia, mataram-na a golpes de faca e de martelo”.
Ainda em 2007, o juiz Leonardo Pitaluga indeferiu o pedido de exame de insanidade mental, que havia sido requerido. Já em setembro do ano passado, o juiz João Manoel Guerra não atendeu pedido de relaxamento de prisão feito pela defesa da dupla.