O final de ano é marcado, principalmente, pelas festas de formatura. No entanto, as comemorações nem sempre saem como os organizadores esperam. Dados do Procon apontam que problemas com bufê e com as produções de formatura (principalmente fotografia) são as principais reclamações dos consumidores. “A gente tem verificado problemas mais voltados a rescisões contratuais. Alunos que fizeram contratações e que agora querem rescindir mas não estão conseguindo por que os valores são altos, mais de 30 a 40% do valor do contrato, quando o máximo permitido é de 10%”, explicou a coordenadora do Procon de Sinop, Ivete Mallmann, ao Só Notícias.
Na questão de fotografias, segundo a coordenadora, as principais queixas estão relacionadas ao não cumprimento de alguns pacotes. “São algumas coisas que são contratadas mas que não são entregues. Muitas vezes as empresas montam o álbum, entregam pronto e não dão aos consumidores a opção de escolherem as fotos”, reforçou. Neste quesito, Ivete lembra que as reclamações envolvem empresas de outras cidades também.
Apesar das queixas ocorrerem, os registros oficiais são baixos. Neste ano, por exemplo, foram identificadas pelo Procon apenas 6 reclamações contra empresas de bufê e outras 4 de produções de formatura (fotos, decorações). Para Ivete, a falta de informação dos próprios consumidores influencia nessa baixa quantidade. “As vezes, os consumidores sofrem por desinformação e não vem reclamar no Procon. Não tem esse entendimento”, acrescentou. Quando analisado desde junho de 2009 até a última sexta-feira (29), por exemplo, é possível verificar apenas 12 reclamações contra empresas voltadas a produções (fotos, vídeos, cerimoniais) e outras 18 contra bufês.
As orientações aos consumidores são diversas e, de acordo com Ivete, os contratos precisam estar sempre completos em informações. “Tudo o que compõe o pacote precisa estar no contrato de prestação de serviços. No caso do bufê é se haverá garçons, decorações, quais tipos de pratos, talheres, quantidades, tipos de materiais que serão utilizados. A gente orienta ainda ao consumidor o direito de prova, fazer a degustação para avaliar se é realmente o que ele deseja”, pontuou.
Já em contratos de serviços fotográficos, Ivete lembra que é necessário ser informado também a medida das fotos, a qualidade em que ela estará, que tipo de papel será usado, as formas de pagamento (prazos, juros, cheques, cartões ou dinheiro). “Recomendamos ainda a busca por referências da empresa. Isso é importantíssimo. Ver outras pessoas que já utilizaram os serviços, ver se há reclamações no Procon”, lembrou. “Se a pessoa se sentir insegura, que solicite uma cópia do contrato e vá até o Procon para receber auxílio antes de assinar o documento”, finalizou.