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Sinop: assassino que enterrou menino é condenado a 42 anos

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Foi condenado a 42 anos de cadeia em regime fechado o pedreiro João Ferreira da Silva, que em 2005, matou e enterrou o corpo do garoto Bruno Aparecido dos Santos, 9 anos. Os jurados se convenceram das provas e argumentações do promotor Marcos Bulhões e consideraram-no culpado, embora, em depoimento ao juiz João Guerra, esta manhã, tenha negado o brutal assassinato.

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João era processado em três séries. O júri, formado por 5 homens e 2 mulheres, disse ser ele o autor em todas. Pelo homicídio qualificado, recebeu 28 anos. Pelo atentado violento ao pudor, mais 12, e, ocultação de cadaver, 2.

A emoção dos familiares do garoto marcou os instantes finais do julgamento, enquanto o magistrado lia a sentença, por aproximadamente 20 minutos. A mãe de Bruno, Josiane Aparecida Silva, disse que a justiça foi cumprida, apesar da tragédia. Em lágrimas, salientou que a pena poderia ter sido maior. “É pouco”, disse.

De acordo com o defensor Hugo Vilela, devido a extensa condenação, a defesa poderá recorrer. “O código de processo penal determina que em condenações acima de 20 anos, é automático o recurso para o Tribunal de Justiça fazer a análise. Independentemente da vontade, haverá sim o recurso, que é obrigação imposta por lei”, salientou. Segundo ele, não há tempo previsto para que procedimento seja cumprido.

O corpo do menino foi enterrado ao lado da casa onde ele (João) trabalhava como pedreiro e pernoitava. Também foi acusado de abusar sexualmente da criança e de atentado violento ao pudor contra outro menino, que conseguiu escapar e denunciá-lo à polícia. Como havia sido condenado a 10 anos de reclusão, devido ao atentado contra a primeira vítima, as duas penas serão somadas, passando a 52 anos.

“Todas as penas aplicadas aos réus irão se somando. Já havia um executivo criminal com relação ao outro crime. Haverá uma unificação das penas”, declarou o juiz João Manoel Guerra.

O júri durou cerca de 13 horas e foi no plenário da câmara, permanecendo lotado durante o dia. João já cumpriu aproximadamente 2 anos em regime fechado, em Cuiabá e no presídio Ferrugem em Sinop. Ele permanecerá neste último.

(Atualizado às 20h15)

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