A Primeira Vara Criminal da Comarca adiou para data ainda a ser definida, o júri popular de Francisco Eustáquio da Silva Neto, acusado pelo Ministério Público Estadual de envolvimento na morte, com golpes de faca e facão, de Oraídes de Lurdes Dias Fernandes. Previsto para ontem, detalhes da decisão não foram divulgados, no entanto, foi determinado que o réu indique novo advogado em 10 dias e caso isso não aconteça, será designado um defensor público. O crime aconteceu no dia 17 de outubro de 2010, por volta das 13h, na residência localizada na rua Esmeralda, no bairro Jardim do Ouro.
Nos autos, Francisco confessou o crime e apontou que a vítima teria avançado contra com ele com um material cortante, depois que teria dito para deixar a casa. Os autos apontam que eles mantinham relacionamento amoroso e conviviam na mesma residência por aproximadamente 90 dias. “Nota-se, portanto, que há uma total sincronia entre a confissão do acusado e as demais provas produzidas nos autos, traduzindo-se em elementos suficientes que atribuem a autoria delitiva ao acusado”, apontou a Justiça na sentença de pronúncia.
Consta dos autos que logo após cometer o crime, o acusado comunicou o fato ao seu vizinho, solicitando que este chamasse a polícia, circunstância confirmada pela testemunha. “O crime foi cometido com emprego de meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima, pois o denunciando, munido de duas armas brancas, propositalmente procurada para dificultar ou impossibilitar a defesa da vítima, que não podia presumir o evento, posto que se encontrava no quarto do casal inteiramente desprevenida, desferiu diversos golpes na mesma, anteriormente à morte desta, para infligir-lhe sofrimento físico desnecessário e mais grave que o suficiente à consumação do delito”, destacou a Promotoria.