
Em depoimento, Rony negou o crime e alegou que havia sido o adolescente quem atirou na vítima. Entretanto, uma das testemunhas afirmou que Rony e Moacir, embriagados começaram a discutir no barraco. A testemunha diz que retirou a vítima de perto do acusado e foram para a beira do rio. Mais tarde, quando retornaram, segundo ele, as luzes estavam apagadas e os móveis revirados.
“Em questão de segundos avistei Rony saindo de trás de uma parede de madeira com uma espingarda na mão. Ele efetuou o disparo, atingindo em cheio o peito de Moacir”.
A testemunha explicou que a vítima tentou correr, mas caiu ao lado de uma cama com a mão no ferimento. Conforme consta no depoimento, o adolescente carregou a arma para ajudar Rony a terminar de matar Moacir. A testemunha, que também foi atingida pelos disparos, conseguiu fugir em um barco a remo e atravessar o rio para pedir socorro.
Moacir faleceu no local. Seu corpo foi amarrado a sacos de areia, jogado no rio Teles Pires, tendo sido encontrado posteriormente. O Ministério Público denunciou Rony por homicídio duplamente qualificado “por motivo torpe e mediante emboscada ou outro meio que tenha dificultado ou tornado impossível a defesa do ofendido”.


