O Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso divulgou nota, no final da tarde, que considera a prisão da jornalista Edina Araújo, em Várzea Grande, ocorreu na condição patronal (dona de empresa). "Apesar de ser jornalista, a acusada está na condição patronal, e não como trabalhadora da imprensa. Nesse sentido, vale ressaltar que a luta para garantir que as empresas de comunicação ofereçam jornalismo ético é histórica e demanda de grande envolvimento da sociedade, a maior beneficiada pelo bom jornalismo", expõe.
O sindicato deixa claro que a acusação contra Edina, de suposta extorsão a um empresário para não divulgar determinadas notícias de sua empresa, "tenha acontecido, nem que tenha sido armação, já que isso é responsabilidade da polícia e da justiça, após ampla investigação". A entidade também expõe que é "terminantemente contra a prática de extorsão em qualquer nível, especialmente utilizando do jornalismo – ferramenta de defesa da sociedade, por meio da informação – para tal; É contrário a qualquer ação que se utilize do jornalismo incorretamente, que fira o Código de Ética da categoria, que atente contra a correta informação, que coloque a lisura e a responsabilidade profissional abaixo de qualquer interesse, inclusive os econômicos".
Edina Araújo é acusada de ter recebido 3 cheques de R$ 6,5 mil dados pelo dono de uma empreiteira, esta tarde, em Várzea Grande. Ele teria procurado a polícia e acusado Edina de exigir dinheiro para não divulgar determinadas notícias contra a empresa. Quando ela saía da empresa, foi presa.
O advogado de Edina alega que os cheques seriam pagamentos por parte da venda de convites de um evento para entrega de prêmio destaque, que é organizado pela empresa de Edina, que já foi secretária de imprensa da prefeitura de Várzea Grande.