A Câmara Temática de Assuntos Veiculares decidiu não proibir o uso de engates fixos nos veículos, segundo representantes de trabalhadores e fabricantes. Já a assessoria de imprensa do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) afirma que a decisão sobre o uso do equipamento dependerá de avaliação do Departamento, e que a reunião da Câmara Temática continua nesta sexta.
Representantes dos trabalhadores, fabricantes e revendedores disseram à Folha Online que a decisão foi conhecida na noite de quinta-feira (30), resultado de um consenso entre os 13 membros votantes da Câmara. Eles afirmam que a reunião trata também de outros assuntos, mas que a questão do engate foi acertada.
“Foi uma vitória dos trabalhadores. A pressão da CNTM (Confederação dos Trabalhadores Metalúrgicos), da Força Sindical, e dos empresários contribuiu muito para esta decisão”, afirmou Eleno Bezerra, presidente da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
Nota divulgada no dia 15 de março pelo Denatran afirma que “o engate fixo não está proibido” e que a regulamentação da matéria dependeria da análise da Câmara Temática.
O sindicato que representa os trabalhadores diz que haverá uma norma para regulamentar o uso do equipamento, mas sem alterar suas características.
Reportagem publicada pela Folha de S.Paulo no mês passado mostrava que o governo Lula analisava uma legislação para proibir os engates fixos. Eles acabaram virando moda no país por razões estéticas ou para proteção contra pequenas batidas, principalmente na hora de estacionar.
A avaliação era que a utilização inadequada do dispositivo, sem a finalidade de reboque, tem agravado as conseqüências de acidentes –por exemplo, machucando pedestres ou provocando danos maiores (que o normal) em outros veículos, em caso de pequenas batidas.
