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Servidores estaduais da saúde aprovam indicativo de greve

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Servidores estaduais de saúde aprovaram em assembleia geral extraordinária, ontem, indicativo de greve para o dia 15 de março. Entre os fatores que motivaram a decisão da categoria estão reivindicações tidas como antigas, como a não realização do concurso público, a precarização e sucateamento de todas as unidades de saúde e o déficit no orçamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Com o tema “Não adianta ficar parado ou correr – tem que lutar”, servidores se reuniram na sede do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde de Mato Grosso (Sisma) para discutir sobre diversos problemas da saúde pública no Estado que, segundo o sindicalista Oscarlino Alves, vem se arrastando pelo menos nos últimos 15 anos. Ele acrescenta que a decisão pelo indicativo de greve acompanha a mobilização da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que também possui indicativo de greve para a mesma data e pauta de reivindicações semelhantes.

De acordo com Alves, se já não bastasse todos os problemas crônicos que a saúde pública enfrenta em Mato Grosso, a SES iniciou o ano com um corte no orçamento de R$ 600 milhões. “Não há diálogo com a categoria, há ameaças de corte de ponto no exercício do ‘Estado Democrático de Direito’ prometido em campanha, não foi cumprido o acordo estabelecido com a categoria, que inclusive, foi homologado na Justiça. Os impasses são muitos”.

O sindicalista ressaltou que a insatisfação é geral, prova disso é que mesmo com muita chuva caindo na região da sede do Sisma, 283 servidores de carreira da capital e interior compareceram à assembleia, sendo que 281 foram a favor do indicativo de greve, dois contrários e nenhuma abstenção.

Oscarlino pontuou que todos reconhecem a importância dessa decisão que é de extrema importância e requer muita reflexão e responsabilidade por parte dos servidores. Segundo ele, o indicativo de paralisação vem de encontro com a forma como o Estado está sendo gerido. “Não há qualquer abertura de diálogo, embora tenham sido feitas dezenas de solicitações. O ano de 2017 começou com várias unidades de saúde fechadas, dentre elas o Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Corrêa (Cridac), Centro Estadual de Odontologia para Pacientes Especiais (Ceope), Farmácia de Alto Custo e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)”.

O sindicalista pontuou ainda que todas têm em comum a falta de insumo, estrutura física sucateada e servidores descontentes e doentes.

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