Após diversos ofícios enviados e a suspensão de uma reunião por parte do governo do Estado, Fórum Sindical convoca servidores de todas as categorias para assembleia geral unificada, que acontece na próxima segunda-feira (29), com o objetivo de discutir indicativo da segunda greve geral de Mato Grosso. Para um dos coordenadores do fórum, o presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde do Estado (Sisma), Oscarlino Alves, a inércia do Executivo se repete da mesma forma que o ano anterior e a greve é praticamente inevitável.
De acordo com o Fórum Sindical, no mês de abril foi encaminhado para a Secretaria de Estado de Gestão (Seges) um ofício de número 19 solicitando reunião com representantes do Governo, para debater a implantação da Revisão Geral Anual (RGA) 2017, que está estabelecida em 6,58%. “Não fomos respondidos e mais uma vez ratificamos a solicitação através do ofício número 21, no dia 4 de maio e mais uma vez não obtivemos retorno”.
Presidentes de diversos sindicatos chegaram a ir ao gabinete da Seges, no início deste mês tentar um pedido presencial para discussão da revisão, junto ao secretário Júlio Cézar Modesto. “Ele saiu de uma agenda interna e nos atendeu rapidamente, dizendo que era para ficarmos tranquilos, que a RGA estava sendo discutida e que na semana seguinte nos convocariam para uma reunião e apresentariam uma proposta”.
Oscarlino frisou que no dia 15 de maio já estava agendada uma assembleia geral unificada junto aos servidores, mas que diante da possibilidade de negociação com o Estado foi suspensa. “Acabou que não realizamos a assembleia e que também não fomos chamados para dialogar, como prometido pelo secretário Modesto. O governo está fugindo do diálogo, o cenário reflete a mesma situação ocorrida no ano passado”.
Também coordenador do Fórum Sindical e presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental, Edmundo César diz que a situação se torna mais preocupante uma vez que a folha de maio está fechada e a RGA não consta nesta. Além disso, resta o percentual de 3,92% referente ao parcelamento da RGA de 2016, com previsão de pagamento em junho e setembro deste ano. “Queremos deixar claro à população que não queremos greve, mas o Governo fechou todas as portas de negociação e não temos alternativa que não seja paralisar”.